Já é possível encontrar em Paris pequenas gravuras com personagens coloridas, com um toque de pixel art. Em vez de as fotografar, utilize o smartphone para interagir com as mesmas através de uma app dedicada. Quando der conta, vai ter figuras históricas como Louis XIV ou Edit Piaf a contar “na primeira pessoa” os eventos da sua época.

Este é o projeto Cryptors in the City, apresentado na CES 2025, que mistura arte de rua, inteligência artificial generativa e códigos de videojogos, concentrado numa aplicação dedicada à cultura. O conceito até lembra bastante Pokémon Go, uma vez que a aplicação funciona como radar para encontrar estes Cryptors espalhados pelas ruas. Depois é preciso capturá-los e colecioná-los. Quando os tiver pode ativar conversas e pode entrevistá-los através de linguagem natural para aprender as suas histórias. Tem ainda acesso a quizzes e outros mini-jogos em torno das imagens.

Veja na galeria imagens do Cryptors in the City:

O projeto pretende transformar as cidades em recreios interativos e imersivos, com figuras históricas a servir de guias e companheiros dos utilizadores, alimentados por inteligência artificial. As personagens têm um estilo de arte de rua que foram criadas pelo artista de banda-desenhada Guillaume Mazurage, também conhecido por Mazu. Estes inspiram-se em personagens de cerâmica em pixéis que são colocados perto de marcos conhecidos.

Para demonstrar a aplicação em Las Vegas, os developers produziram uma personagem exclusiva, o espírito da CES. O objetivo é que as cidades adotem este tipo de ferramentas para apimentar o turismo, o gosto do conhecimento da história e dos locais históricos.

A empresa pretende trabalhar com municípios, agências de turismo e instituições culturais que reconheçam o potencial de mostrar a riqueza local ou nacional tanto para os residentes, como turistas. Em breve pretende criar uma versão em realidade aumentada e expandir o conceito mercados internacionais.