Jaime Gonzalo, VP Huawei Mobile Service Europe, fez um ponto de situação da AppGallery, num briefing que o SAPO TEK teve acesso antecipado, destacando a chegada do dobro de utilizadores este ano face a 2019, alcançado os 1,8 milhões de utilizadores, correspondente a um crescimento de 98%. Quanto às apps integradas no serviço passou de 43.000 para 96.000, ou seja, o dobro.
E a empresa explica que não pretende explorar a sua loja da mesma forma que as rivais, que aceitam todas as aplicações do mercado, à procura do seu “peixe dourado”. A empresa aposta em menos aplicações, mas curando as melhores. Para tal, utiliza o feedback dos próprios utilizadores como “filtros”, assim como as suas listas de desejos, ficando a saber desta forma quais as apps mais esperadas e que devem receber mais atenção. A loja baseia-se ainda nas tendências da indústria, da comunicação dos developers e também nas reviews e serviço de clientes.
A Huawei aposta também na localização da sua loja, baseado nos gostos regionais, oferecendo assim uma oferta mais personalizada. Por isso, a AppGallery de Portugal será necessariamente diferente da sua versão alemã, por exemplo. A equipa local tem a seu cargo o registo de quais as apps mais populares no seu país.
A empresa referiu ainda que as promoções das apps de outras lojas geram publicidades invasivas. A Huawei está a abordar uma forma de melhorar a informação, usando scrolling vertical e horizontal, numa experiência que pretende ser mais agradável de navegação, aquilo que é a exploração de novidades.
A Huawei destaca que as receitas para os seus developers cresceram bastante em julho de 2020, em cerca de 9.000% relação a 2019. Os downloads cresceram 600% no mesmo período. A marca salientou que as aplicações lançadas na AppGallery em simultâneo com a Google Play, acabam por gerar mais receitas para os produtores na loja digital da fabricante chinesa.
O motor de busca Petal Search, lançado no verão, já esta em 170 países e regiões, disponível em mais de 50 línguas. A Huawei conta com a app Visual Detection, baseada na câmara fotográfica dos seus equipamentos para procurar aplicações utilizando imagens no processo de busca. O sistema será prático quando se quer uma app, mas não se sabe o nome dela, por exemplo, numa espécie de Shazam visual.
Já o sistema de Predictive Shopping será ideal para encontrar os produtos que realmente quer, a partir de uma fotografia, invés de andar a vasculhar pelas lojas à procura de um mapa ou roupa, por exemplo. Através de uma foto capturada pelo Petal Search, tem-se acesso aos produtos exatos, exemplificou a marca através de acessórios de moda. O mesmo se aplica às pessoas. Se tirar uma foto de uma pessoa que seja uma figura pública, como um artista, vai ter as informações sobre a mesma, e se for um músico ou ator, tem-se acesso aos álbuns ou filmes dos respetivos autores.
Por fim, a Huawei revelou o Petal Maps, que é a primeira app proprietária da Huawei, com a sua versão beta a começar hoje, e tem navegação 2D/3D imersiva. Faz a cobertura de 140 países e está disponível em 70 línguas. A aplicação de mapas vai integrar o próprio hardware dos equipamentos da Huawei.
Oferece o “Dynamic step by step navigation”, facilitando a navegação, trânsito em tempo real e recomendações de rodas alternativas. E segundo a empresa foi desenhado tendo em consideração a privacidade dos seus utilizadores, ou não fosse essa a principal preocupação pelo qual a empresa tem sido escrutinada.
Por isso, os dados serão geridos pela HW em Dublin, na Irlanda, funcionando sobre a proteção de dados do sistema irlandês. E terá os seus centros de dados em França e Alemanha; o centro de cibersegurança e transparência de Bruxelas. Para além da aplicançao ter recebido a certificação de segurança e privacidade de diversas entidades.
A Huawei referiu ainda que o Petal Search pode ser utilizado em smartwatchs, smartphones, sistemas dos automóveis, e outros. A empresa que estes novos serviços vão chegar igualmente a Portugal.
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