Não, os leitores multimédia e de MP3 ainda não desapareceram totalmente do “mapa” da tecnologia em geral e dos equipamentos de som portáteis em particular. Ainda é possível encontrar vários modelos à venda de momento, nem que sejam os famosos iPod ou alguns dispositivos pensados especialmente para a prática do desporto, por exemplo.
Em traços gerais, pela sua definição um leitor multimédia e de MP3 é um dispositivo portátil que é capaz de armazenar (via memória flash) e reproduzir ficheiros em diversos formatos digitais, do WAV ao MP3 para a música ou do MP4 ao AVI para vídeo. E MP3, a sigla que marca irreversivelmente a história da música gravada, é um diminutivo de MPEG Audio Layer III, um formato de compressão que encontra a relação perfeita entre a dimensão do ficheiro e a inevitável perda de qualidade áudio.
Foi em 1987 que surgiu pela primeira vez o MP3, sendo que o formato foi sofrendo experiências, por assim dizer, resumidamente, até em 1997 aparecer aquele que é tido como o primeiro dos leitores de MP3 portáteis, o AMP MP3 Playback Engine, que pode ficar a conhecer na galeria mais abaixo, junto de outros “marcos históricos” na história dos equipamentos do género. Entre eles, o primeiro iPod da Apple, lançado em outubro de 2001…
Veja alguns dos leitores de MP3, MP4 e multimédia ainda à venda:
E os leitores de MP3 que fizeram história…
Utilizações diárias
Mas os leitores de MP3 são apenas história, efetivamente, mesmo tendo estado em alta ainda há relativamente pouco tempo? Não, não são, reafirmamos. Além de ainda estarem disponíveis em diferentes modelos e versões, conseguimos enumerar rapidamente três grandes utilizações que ainda lhes é dada diariamente por muitos fãs de tecnologia e música.
No desporto, por exemplo, mais concretamente na corrida. É verdade que muitos praticantes levam o smartphone emparelhado com uns auscultadores Bluetooth ou com fio, mas há ainda uma boa percentagem de runners que prefere levar um leitor de MP3 mais compacto, leve e resistente nas suas sessões diárias.
E isto porque receiam danificar o smartphone ou ser alvo de assaltos, por exemplo. Falamos por experiência própria, isto que preferimos correr na companhia de um pequeno leitor de MP3 à prova de água do que com o smartphone no bolso (e porque a monitorização do exercício é feita por um relógio GPS...).
Outro uso ainda banal dos leitores de MP3 esta relacionado com o segmento infanto-juvenil e respetiva relação com a música digital. São várias as crianças que têm os primeiros contactos com a música através de leitores de MP3 antigos ou novos, visto que ainda não são donos de smartphones. Há até marcas que ainda comercializam modelos especialmente dedicados aos mais novos, apesar de estes estarem cada vez mais virados para equipamentos mais recentes.
Uma terceira utilização ainda corrente dos leitores de MP3 passa pelos sistemas de som domésticos (e auto, também). O boom dos iPod e Walkman fez com que muitas marcas vendessem muitas unidades de estações-base e sistemas de som de alta fidelidade com ligação para iPod e outros leitores do género. Isto antes da revolução do streaming de áudio via Internet.
Revolução streaming
Aliás, por falar nisso, reside neste ponto a principal razão pela qual achamos que os MP3 deixaram de ter uma utilidade banalizada: a evolução das ligações à Internet móveis e fixas.
Há já muitos anos que a música é o vídeo nos chega através da Internet e não por meio de suportes tradicionais com o CD e O DVD, é certo. Mas, antes, a música estava na web, mas tinha de ser de lá retirada via download para um disco rígido e somente depois era transferida para os leitores portáteis.
E eram esses que levávamos no bolso ou instalávamos nos nossos sistemas de som domésticos. Hoje, como a internet de banda larga é muito mais veloz é estável (e sem limites de downloads!), tudo é diferente.
Os serviços de música online, gratuitos ou pagos, são Reis do streaming e dispensam ficheiros em MP3 guardados seja onde for. Sabemos que uma pesquisa instantânea permite colocar em reprodução qualquer álbum da nossa banda preferida. Fácil.
Temos apenas de ter uma boa ligação à Internet, seja em casa ou em movimento. E foi assim que os leitores de MP3 deixaram de ser necessários numa utilização diária corrente, pelo menos para a maioria dos “consumidores” de música digital. Está tudo nas apps e no browser, que manuseamos no portátil, no tablet, no smartphone e até no smartwatch.
Explicações à parte, não pense que os leitores de MP3 e MP4 estão fechados numa gaveta e que já nenhuma marca os comercializa. Engana-se! Ainda há muito por onde escolher e também muito por onde recordar, como pode ver nas duas galerias nesta página. Não estão aqui todos os modelos do momento nem todos os que surgiram ao longo dos anos, mas sim as principais referências. Dê uma olhada.
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