Tal como os portáteis e notebooks têm vindo a transformar-se ao longo dos anos para serem cada vez mais compactos e poderosos, acompanhando as tendências tecnológicas introduzidas no mercado, o mesmo pensamento tem sido aplicado às workstations portáteis. Por norma, estes computadores portáteis são autênticos “trambolhos” que trocam o cuidado no seu design por componentes de topo para suprir as necessidades dos profissionais mais exigentes, seja na edição de vídeo, a trabalhar projetos 3D no CAD, fazer web design, produzir animações tridimensionais ou simplesmente executar tarefas de análise de dados.
No entanto, no caso deste ZBook 14u, a HP teve ainda um cuidado especial em criar um portátil com um design apelativo, com linhas exteriores sóbrias e simples, com cantos arredondados, considerando que o aspecto estético é já um fator de decisão de compra. Tem um chassis em tons de cinzento “metalizado”, dando-lhe um aspeto de alumínio, mas que contrasta com um interior mais convencional.
Olhando para os portáteis mais modernos, com ecrãs que ocupam praticamente toda a superfície da tampa, este ainda oferece molduras largas, sobretudo no topo e parte inferior, que impedem o ecrã (não tátil) de “crescer” para além das suas 14 polegadas. Mas no geral é um computador que também tem o cuidado de ser fino e relativamente leve, com 1,48 kg de peso e 20 mm de espessura quando está fechado.
Segurança em primeiro lugar
As workstations, como o nome indica são computadores de trabalho, e por isso a aposta na segurança é sempre elevada, não só para proteger a máquina de invasões exteriores, como sobretudo, para garantir a sua sobrevivência nas deslocações do dia-a-dia e salvaguardar os projetos. Essa foi uma das grandes preocupações da HP na conceção do ZBook 14u. O sensor biométrico de impressões digitais encrustado na base do chassis é uma das formas de autenticação desta proposta, que embora seja banal num smartphone, ainda são poucos os portáteis que a oferecem.
Ainda no que diz respeito à segurança, o computador inclui o sistema HP Sure Click, uma proteção de navegação na internet à prova de malware, já que é controlado via hardware. Certas versões do modelo, não este que a HP enviou para teste, já têm o precioso sistema “anti-espreitadela” em que através de um toque de um botão o ecrã escurece e só quem está de frente para o ecrã consegue ver a imagem. O sistema da HP, o Sure View, é considerado pela marca como o primeiro numa workstation.
E a pequena tampa deslizante na webcam situada no topo do ecrã garante que os utilizadores não sejam vigiados por “olhos alheios”. Também pode, claro, configurar o Windows Hello para obter a autenticação de reconhecimento facial. A câmara tem uma resolução máxima de 720, sendo ideal para fazer videoconferências.
Diferentes opções de conectividade
E caso seja daqueles utilizadores que não confia em redes abertas ou públicas fora do local de trabalho ou de casa, então pode sempre criar uma network própria. É que o ZBook tem uma ranhura para cartões SIM, o que permite obter ligação online 4G LTE com a mesma facilidade de um smartphone. E sim, o computador até tem a capacidade de fazer chamadas telefónicas, com teclas dedicadas para atender e desligar.
Na base tem ainda entrada para uma rede por cabo, que numa era cada vez mais conectada sem fios começa a escassear. E mesmo o sensor de Wi-Fi integrado, a fabricante garante uma capacidade de alcance superior. Durante o teste, mantivemos sinal mínimo até cerca de 15 metros de distância do router, com uma parede no meio. E ainda no que diz respeito a comunicações, este computador portátil suporta Near Field Communication (NFC), o que é uma forma rápida e segura de transferir dados com um smartphone, por exemplo.
Ainda no que diz respeito a ligações e leitores, no chassis deste portátil de 14 polegadas pode encontrar um leitor de smart card e uma entrada USB-A do lado esquerdo. Na direita, para além do leitor de cartão SIM tem mais um USB-A, um USB-C/Thunderbolt, HDMI, e ainda uma entrada de ancoragem para expandir outras opções de ligações.
O teclado do portátil foi desenhado para ser confortável para escrever, oferecendo um bom espaçamento entre as teclas, sendo estas em formato pastilha elástica, não muito levantadas. O único problema é o amontoado de teclas no lado direito e a ausência de teclas numéricas. As teclas do cursor estão encostadas à extremidade do teclado, acompanhadas de uma disposição vertical das pgup e pgdn, muitas vezes levando a falhar o Enter, durante o período de adaptação.
No centro do teclado tem um pequeno Pointing Stick, entre as teclas B, G e H, para fazer pequenos ajustes do ponteiro no ecrã com o dedo indicador, sem a necessidade de levar a mão para mexer no Trackpad ou rato, tendo em vista a produtividade. De salientar que as teclas não são retroiluminadas neste modelo, o que dificulta o trabalho em locais menos iluminados.
No interior, esta versão do portátil apresenta um processador i7 de oitava geração (Kaby Lake) a 1,80 GHz. Para garantir que todos os trabalhos sejam realizados sem “soluções”, tem 16 GB de RAM GDDR5 e um SSD de 500 GB para armazenamento interno. A gráfica é uma AMD Radeon Pro de 4 GB, permitindo trabalhar em resoluções de até 1080p (mas a linha tem oferta de modelos com suporte a 4K). A configuração é direcionada aos trabalhos gráficos mais exigentes, mas isso não signifique que não possa correr jogos recentes, mesmo que não ligue todos os filtros ao máximo.
De notar que o portátil foi construído tendo em conta o fácil acesso aos seus componentes principais, seja para fazer alguma atualização de hardware (RAM, SSD e outros módulos) ou reparações e limpeza de manutenção. E isso é graças aos parafusos Philips inseridos na tampa inferior do portátil.
Ainda nas características do ecrã IPS, a HP promete uma compatibilidade 100% com o espectro RGB da Adobe, um brilho máximo de 600 nits, mais uma vez a piscar o olho a ilustradores e designers, sobretudo. No entanto, é preciso gerir as definições de brilho, no que diz respeito à sua utilização sem ligação à corrente, para evitar consumos excessivos da bateria. O portátil tem uma bateria de três células de lítio, com uma capacidade de 3.230 mAh, a 50 Wh.
Na parte superior do chassis, a HP inseriu uma grelha horizontal, que se estende em toda a dimensão do portátil, resguardando as colunas da Bang & Olufsen, para garantir uma qualidade de som superior, se pretender trabalhar sem o uso de auscultadores, suportado por uma segunda coluna de som na parte inferior da base do equipamento.
Apesar de não ter o processador mais recente da Intel ou a melhor placa gráfica dedicada para gaming, esta workstation tem componentes essenciais de trabalho que não vê nos portáteis “comuns”. As opções de conectividade e segurança são claramente trunfos que as empresas têm em conta, tornando-se uma proposta “acessível” face a outras propostas. O teclado e a excelente qualidade de imagem também se sobressaem. Este modelo tem um custo que ronda os 1.400 euros.
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