A procura de novas soluções para teletrabalho, mas que ao mesmo tempo sejam funcionais para entretenimento, ensino digital, e claro, suficientemente portátil para transportar para todo o lado, tem levado as fabricantes a criarem configurações multidisciplinares para os seus computadores.
O novo Acer Swift SF314-510G é um dos primeiros modelos a serem lançados com o processador de nova geração da Intel, acompanhado de RAM mais que suficiente para todos os trabalhos, armazenamento rápido por um preço bastante competitivo. E até pode ser utilizado para jogar alguns dos melhores jogos do PC no mercado, considerando a sua nova arquitetura de GPU Intel Iris Xe Max, igualmente bom para alguns trabalhos de vídeo mais exigentes.
Um design prateado simples, num modelo leve e compacto
Este modelo apresenta um design de linhas muito simples, totalmente prateado, construído com materiais de alumínio. Esses tons prata fazem salientar o reforço das dobradiças numa barra de plástico que acompanha toda a traseira do portátil, com duas borrachas salientes para amortecer o impacto, por exemplo, quando se coloca numa mochila ou mala. Esta barra destaca-se pelo seu tom verde jade, contrastando com toda a superfície em prata do equipamento. O portátil tem pouco mais de 1,3 kg de peso e dimensões bastante reduzidas para um equipamento de 14 polegadas, facilitando o transporte para todo o lado.
Conte com um ecrã IPS com uma resolução máxima de 1080p e um rácio de imagem de 16:9. Nota-se que tem um tratamento anti-reflexo, permitindo utilizar em locais mais iluminados, como à beira da janela, como o sol a incidir.
A tampa tem o logotipo da Acer gravado com relevo, e alberga um ecrã com molduras minimalistas. Mesmo a webcam é um pequeno orifício na parte superior, muito discreto. Por isso, terá acesso a uma excelente área de trabalho num chassis considerado pequeno, apesar do ecrã não abrir mais que uns 100 graus, o suficiente para ajustar a melhor posição para trabalhar. Falhou, no entanto, no teste de abrir a tampa com apenas uma mão, tal a força das dobradiças, sendo necessário uma mão para impedir que a base levante no movimento de abertura.
O chassis apresenta um teclado com uma disposição de teclas espaçadas, permitindo escrever com fluidez sem atropelamento dos dedos ou pressões indesejadas. Estas são em formato chiclete e embora sejam muito rasas oferecem uma boa sensação de pressão. O único senão vai para o cursor que tem teclas pequenas e com o page up e down encostadas, pelo que muitas vezes vai saltar entre páginas quando apenas quer puxar o cursor para a linha de cima, quando escreve.
A arrumação do teclado dispensou, infelizmente, o teclado numérico, para que tivesse espaço para respirar no chassis. Ainda assim, tem uma área generosa em torno do teclado, com tamanho suficiente para pousar os pulsos na área de descanso e do Trackpad. O Trackpad não é muito grande, mas é funcional, embora eu não seja fã dos seus botões embutidos.
No lado direito, como que a flutuar na base, está o sensor biométrico de impressões digitais, indo contra as tendências de muitos modelos que já começam a acoplá-lo no próprio botão de energia. Neste caso, o botão de power está enquadrado no próprio layout do teclado, o que pode na fase de habituação levar ao engano os utilizadores menos atentos. Ainda no que diz respeito ao teclado, este é retroiluminado, essencial para escrever em locais sem iluminação, como conferências ou apresentações. E funciona muito bem.
Na base do chassis, encostado à dobradiça direita, encontra-se a grelha com o dissipador de calor, e não tenho a certeza se a projeção do ar para o ecrã e para a área do teclado é a melhor opção. No entanto, não senti qualquer incómodo a escrever devido ao aquecimento do teclado, até porque o material do chassis é bastante frio, dada a sua natureza metalizada. Tem ainda uma grelha na parte inferior da base que garante a circulação do ar pelo interior. E felizmente manteve-se sempre silencioso durante os testes (mesmo encostando o ouvido ao chassis raramente se ouviu mais que uma breve “brisa” de ar).
O portátil oferece duas pequenas colunas com áudio DTS, colocadas na parte inferior do chassis em cada extremidade. Não é o computador com o som mais elevado, mas ainda assim bastante nítido, com bons agudos. Obviamente que não substituem um bom headset de áudio, caso queira usufruir de melhor qualidade.
Especificações topo de gama para todos os trabalhos
Sendo um computador sobretudo vocacionado para o trabalho, é de salientar a rapidez com que o sistema fica pronto a ser utilizado, desde que liga a energia. Em poucos segundos o Windows carrega, sobretudo se utilizar a autenticação por impressão digital, excelente quando necessitamos fazer uma consulta rápida ou começar a trabalhar rapidamente. Esta versão de teste tem 16 GB de RAM e 1 TB de SSD, num processador i7 de 11ª geração, tendo estado à altura dos trabalhos exigentes, sobretudo o multitasking.
A Acer promete uma bateria de 3.815 mAh para 14 horas, mas durante o teste não tivemos problemas em mantê-lo ligado um dia inteiro a correr vídeos do YouTube e ainda sobrar. Obviamente que a autonomia depende sempre da carga de processamento das tarefas. O seu carregador é um “mini brick” de 65 W, que poderá facilmente manter na mochila, caso necessite de um pequeno encosto. Infelizmente não tem carregamento via USB-C, que já começa a ser cada vez mais habitual nos portáteis deste segmento, por uma questão de comodidade.
Relativamente às conexões, este Acer Swift apresenta no lado esquerdo uma entrada HDMI 2.0, uma USB 3.0 e uma USB-C com suporte a Thunderbolt. Do lado direito conte com mais uma entrada USB-A 3.0 e jack de 3,5 mm para auscultadores. Como é habitual neste tipo de portáteis, caso queira ligar outros periféricos externos, como ratos ou teclado, deverá adquirir um hub USB para expandir as ligações. Sobre a conectividade wireless conte com suporte às novas redes Wi-fi 6 e Bluetooth 5.1.
De notar que o portátil não oferece porta de rede, o que obriga à dependência de uma rede sem fios para ligar o equipamento online. E também se nota uma ausência no leitor de cartões SD Card, pelo que poderá incomodar fotógrafos que necessitam de aceder rapidamente às suas imagens.
Não sendo a configuração perfeita, para quem deseja todos os detalhes presentes num computador topo de gama, este Acer Swift SF314-510G tem uma relação preço muito interessante para a configuração de hardware disponível. Tem um preço de 1.299 euros, competindo com modelos de topo que muitas vezes ultrapassam os 2.000 euros. Para quem procura um modelo compacto, de linhas sóbrias e muito funcional, seja para trabalhar ou jogar ocasionalmente, este poderá ser um modelo a ter em conta.
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