No final de 2018 existiam em Portugal 17,5 milhões de telemóveis, 12,4 milhões dos quais, com uso efetivo. Já o acesso à internet a partir do telefone cresceu 6,4% face ao ano anterior, somando 7,6 milhões de utilizadores. Trata-se do valor mais elevado registado até à data, impulsionado pela “crescente penetração dos smartphones e ao desenvolvimento das aplicações móveis”, mas ainda assim muito abaixo da média europeia: 27.ª posição do ranking da UE28 em julho de 2018, salienta a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom).

No relatório de evolução dos serviços de comunicações em 2018, a entidade reguladora indica que o tráfego de voz móvel atingiu o valor mais elevado contabilizado até ao momento, sendo que o número de minutos foi, em média, de 200 por mês, mais nove minutos que no ano anterior.

Por outro lado, assistiu-se a uma descida no número de mensagens escritas enviadas na ordem dos 3,2%, para um número médio mensal de 116: o valor mais baixo desde 201, confirmando a tendência registada nos últimos anos e que é consequência do "aparecimento de formas de comunicação alternativas", refere a Anacom.

De referir que 4% dos acessos móveis com utilização efetiva estavam associados a planos pré-pagos, menos 2,8 pontos percentuais do que no final do ano anterior. “Mantém-se assim a tendência de decréscimo do peso dos tarifários pré-pagos que se tem vindo a registar desde o início de 2013”. Em contrapartida, a proporção dos tarifários pós-pagos/híbridos aumentou.

Os dados da entidade reguladora dão ainda conta de um crescimento de 2,3% do número de clientes do serviço telefónico fixo, que atingiu os 4 milhões. O crescimento registado no serviço fixo de telefone está associado à crescente popularidade das ofertas em pacote que integram telefonia fixa. Cerca de 92% dos clientes do serviço fixo de telefone tinham adquirido este serviço integrado num pacote.

De qualquer forma, apesar de terem o serviço, cerca de 34,6% dos clientes não utilizavam o telefone fixo.