A Anacom revelou números sobre o consumo do serviço telefónico fixo referente ao terceiro trimestre de 2020, salientando que 91,9% das famílias usufrui do mesmo. Durante o período, a taxa de penetração dos acessos telefónicos principais atingiu 50,3 acessos por 100 habitantes. Quanto aos acessos instalados a pedido dos clientes residenciais ascendeu a 91,9 por 100 famílias.
Este o tráfego originado na rede fixa aumentou substancialmente em relação a 2019, devendo-se ao impacto das medidas de emergência e do isolamento relacionadas com a pandemia de COVID-19. 2020 inverteu mesmo uma tendência de decréscimo que se vinha a observar desde 2013. Durante o terceiro trimestre do ano, o volume de minutos originado na rede fixa aumentou 7,2% em relação ao mesmo período de 2019 (que tinha baixado 14,4% face ao trimestre homólogo do ano anterior).
A reguladora afirma que a pandemia tenha tido um efeito positivo de 19,1% no tráfego médio por acesso entre o primeiro e o terceiro trimestre de 2020. Especificamente, no terceiro trimestre de 2020, o efeito da pandemia terá sido de 15,5%. O crescimento verificado neste trimestre foi, no entanto, inferior ao do segundo trimestre do ano.
Relativo ao tipo de chamada, houve um aumento do tráfego fixo-móvel de 30,1% e fixo-fixo em 4%. Os postos públicos houve uma diminuição do tráfego nacional de 50,5%, sendo a maior redução desde que há registos. O tráfego VoIP nómada cresceu 30,8% e foi o maior aumento desde o terceiro trimestre de 2017. Também o tráfego internacional decresceu 17,6%, sendo que nos postos públicos diminuiu 68,7%, devido aos efeitos da pandemia. A duração média das chamadas originadas na rede fixa aumentou cerca de 21 segundos, face ao mesmo período de 2019, correspondendo a 10,7%.
Durante o terceiro trimestre do ano houve também um aumento do número de clientes do serviço telefónica fixo de 2,3%, acrescentando 93,4 mil aos 4,2 milhões existentes. A Anacom refere que “o crescimento registado é consistente com a tendência histórica estimada e está associado à crescente penetração das ofertas em pacote que integram telefonia fixa”.
Avança ainda que as redes de nova geração são responsáveis pelo crescimento do número de acessos principais, tendo atingido 5,2 milhões de acessos, ou seja, mais 82 mil do que no trimestre homólogo do ano passado. “O crescimento verificado de 1,6%, deveu-se sobretudo ao aumento dos acessos VoIP/VoB (+299 mil acessos), nos quais se incluem os acessos suportados em redes de fibra ótica e TV por cabo”.
Quanto às operadoras, a reguladora afirma que a maior quota de clientes de acesso direto é da MEO com 42,1%, seguindo-se a NOS com 35,6% e a Vodafone com 18,8%. A NOWO tem 3,3% do mercado. Todas as operadoras, excetuando a Vodafone, diminuíram as quotas de clientes.
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