A Canalys apresentou o novo relatório sobre o mercado dos wearables das pulseiras inteligentes relativo ao primeiro trimestre de 2025. O mercado registou um crescimento anual de 13%, no primeiro trimestre de 2025, somando 46,6 milhões de unidades. A procura aumentou, quando comparado com a pouca base de utilizadores no mesmo período do ano passado. E todas as três principais categorias viram um aumento, incluindo pulseiras e relógios de base e smartwatches.

O mercado no primeiro trimestre é liderado pela Xiaomi, que foi a que lançou mais produtos desde o segundo trimestre de 2021. A integração no sistema operativo HyperOS e o grande portfolio de produtos alavancaram o negócio da fabricante chinesa que agora domina a categoria com 19% da quota do mercado, tendo registado um crescimento anual de 44%, para 8,7 milhões de unidades distribuídas. A fabricante ultrapassou a Apple, que caiu para o segundo lugar com 16% da quota do mercado, tendo registado apenas um crescimento de 5%.

Mercado wearables T1 2025
Mercado wearables T1 2025 Mercado wearables T1 2025 Fonte: Canalys

“A Xiaomi atualização as suas linhas Mi Band e Redmi Watch com designs atualizados e capacidades avançadas de dados, oferecendo várias funcionalidades a preços baixos, aumentando o valor da proposta”, salienta a Canalys no seu relatório. O preço baixo tornou os seus equipamentos mais competitivos em mercados emergentes.

O crescimento de 5% da Apple significou a distribuição de 7,6 milhões de unidades neste período. Ainda assim, a Canalys projeta que a Apple poderá aproveitar o 10º aniversário do Apple Watch para aumentar o seu portfólio com novos produtos e relançar-se no segundo semestre do ano. Já as linhas GT e Fit da Huawei permitiram à fabricante chinesa defender o terceiro lugar, juntamente com a expansão do ecossistema Huawei Health para fora da China. A fabricante aumentou em 36% a sua distribuição, representando 7,1 milhões de unidades, apontando uma quota de 15%.

A Samsung é apontada como a fabricante que mais cresceu no Top 5, registando um aumento anual de 74%, equivalente a 4,9 milhões de unidades distribuídas. Ainda assim, manteve o quarto lugar com 11% da fatia do mercado. A Canalys diz que a fabricante focou-se a expandir a base instalada nos mercados emergentes, mas ao mesmo tempo preservar o posicionamento premium dos seus smartwatches.

Por fim, a Garmin manteve o quinto posto, crescendo 10% no último ano, com 4,9 milhões de unidades distribuídas, posicionando-se com 4% da quota. O seu portfólio diferenciador e o lançamento do ecossistema Connect+ manteve a sua base leal de utilizadores.

Uma observação da Canalys é que este mercado está a reduzir os lucros no que diz respeito a hardware, estando a mudar para a direção de ecossistema. Para manter a retenção dos utilizadores e lucros, as empresas estão a acelerar o desenvolvimento de plataformas de serviços. Exemplo disso é a Xiaomi que na China tem integrado os seus produtos no HyperOS, o mesmo para a Huawei que está a construir um ecossistema de saúde na app Huawei Health.

Numa sondagem feita ao consumidor, o preço continua a ser o principal fator de escolha na compra de um smartwatch, seguindo-se a duração da bateria e as funcionalidades de monitorização de saúde. A Canalys diz que as fabricantes têm de equilibrar o preço e funcionalidades, mas sobretudo clarificar as novas funcionalidades, que são muitas vezes, difíceis de avaliar pelos consumidores.

Mercado wearables T1 2025 Fonte: Canalys
Mercado wearables T1 2025 Fonte: Canalys Mercado wearables T1 2025 Fonte: Canalys