Os robotáxis estão a consolidar-se como uma alternativa moderna e acessível de transporte público em diferentes cidades, mas com desafios significativos. Segundo o relatório da IDTechEx, "Autonomous Vehicles Market 2025-2045: Robotaxis, Autonomous Cars, Sensors", a China lidera a implementação comercial, enquanto continuam a ser feitos testes em várias partes do mundo, incluindo os EUA, Europa e Japão.

Na Califórnia, um dos principais polos de teste, os veículos autónomos registaram 9 milhões de milhas (14,5 milhões de quilómetros) percorridos em 2023. A Waymo destacou-se como líder, responsável por metade destes quilómetros, enquanto a Cruise, que representava 30%, viu as suas operações suspensas recentemente.

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O relatório aponta que o desempenho destes veículos tem melhorado, medido em "milhas por interrupção" (MPD na sigla original), indicador que avalia a distância percorrida antes de intervenção humana. Em 2023, a média geral alcançou 86 mil milhas (cerca de 138 mil quilómetros), e espera-se que até 2025 os robotaxis superem a performance humana.

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A Waymo continua a liderar o mercado nos EUA. Após o lançamento do programa Early Rider em Phoenix, em 2020, a empresa expandiu-se rapidamente para Los Angeles e São Francisco, e planeia operações em Atlanta e Austin até 2025. Atualmente, realiza cerca de 150 mil viagens pagas por semana, percorrendo 1,6 milhões de quilómetros de condução autónoma, um número que deverá crescer nos próximos anos.

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Globalmente, a China é o país mais avançado na implementação de robotáxis, com operações comerciais em seis cidades e testes em outras duas. Nos EUA, existem operações comerciais em três estados e planos de expansão para mais dois. Na Europa, França, Alemanha e Reino Unido estão a testar veículos autónomos, com previsões de implantação comercial na Alemanha em 2025 e no Japão em 2026.

Apesar dos avanços, a segurança e aceitação pública permanecem desafios centrais. Os robotáxis registam menos acidentes com feridos do que condutores humanos, segundo dados da Waymo, mas determinar um nível de segurança aceitável continua a ser uma questão em aberto.

À medida que a tecnologia avança, a expansão internacional e a melhoria contínua na segurança são essenciais para o sucesso deste mercado emergente, destaca o relatório.