O mercado da recuperação cibernética como um serviço (CRaaS) está em expansão. Segundo previsões avançadas pela IDC, 45% das maiores empresas globais vão adotá-la, à medida que os ataques de ransomware aumentam e exigem estratégias de recuperação cada vez mais sofisticadas.

As previsões indicam que o mercado de CRaaS deverá atingir a marca dos 317,7 milhões de dólares até 2026. O valor corresponde a um crescimento de 149,3% da taxa de crescimento anual composta.

Atualmente a maioria das organizações recorre aos seus sistemas de recuperação de desastres quando são afetadas por ataques de ransomware. No entanto, estes sistemas não são adequados e, segundo os especialistas, metade das organizações são obrigadas a pagar o resgate e menos de um terço consegue recuperar totalmente sem o pagar.

Note-se que a recuperação cibernética e a recuperação de desastres têm diferenças importantes entre si. Por um lado, a recuperação de desastres pressupõe a integridade dos dados. Por outro, a recuperação cibernética pressupõe o comprometimento dos dados, explica a IDC em comunicado.

É também necessário ter em conta que, mesmo durante o processo de recuperação, um ciberataque pode estar em curso. A recuperação cibernética exige a capacidade de detetar o ataque e de o isolar dos sistemas não afetados.

Considerando que a maioria dos esforços de recuperação não foi bem-sucedida, a IDC prevê que as organizações passem a recorrer cada vez mais a fornecedores de serviços na cloud que têm sistemas específicos de recuperação cibernética.

Os especialistas detalham que este tipo de soluções terão um elevado conteúdo de outros serviços associados. Por exemplo, o CRaaS será sobreposto ao backup como Banking-as-a-Service (BaaS) e ao Disaster recovery as a service (DRaaS), aproveitando requisitos comuns de infraestrutura e o conhecimento do sistema.