“Estamos felizes por ter a capacidade de fornecer às pequenas empresas as ferramentas que precisam para crescer e ser bem-sucedidos online durante estes tempos desafiantes”, destaca Mark Zuckerberg na sua mensagem de apresentação dos resultados financeiros do Facebook relativos ao segundo trimestre de 2020. Refere ainda o orgulho das pessoas confiarem nos seus serviços e estarem conectados quando não podem estar presentes fisicamente.

E o contentamento do CEO do Facebook não é para menos: a rede social apresentou 18.321 milhões de receitas apenas em publicidade durante o segundo trimestre, o que significa um aumento de 10% face ao mesmo período do ano passado, que havia registado 16.624 milhões de dólares. A categoria "Outros" representou 366 milhões de dólares, elevando a receita total para 18.687 milhões de dólares, e um crescimento geral de 11% relativo ao ano passado.

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No documento a empresa refere que o seu negócio foi afetado pela pandemia de COVID-19, e tal como todas as empresas, enfrenta um período de incerteza quanto às perspetivas futuras de negócios. “Esperamos que a performance do nosso negócio seja impactada por questões fora do nosso controlo, incluindo a duração e a eficácia das ordens de isolamento, a eficiência da recuperação económica mundial e as flutuações do valor das moedas face ao dólar americano”.

Ainda assim, a empresa destaca em específico o crescimento nas primeiras três semanas de julho, salientando que o impacto de certas empresas terem desinvestido nas suas plataformas, foi mínimo. A campanha “Stop Hate for Profit” foi a resposta de diversas organizações que acusaram o Facebook de faturar à conta dos discursos de ódio, que os grupos de direitos civis referem como uma ameaça aos anunciantes. Em resposta, Mark Zuckerberg terá referido que discursos de ódio e desinformação são “uma pequena parte” do conteúdo do Facebook e que a empresa não lucra com esses temas. Cerca de 1.100 empresas aderiram ao boicote, entre elas a Coca-Cola, Starbucks e Unilever, afirma a Reuters, merecendo o comentário do CEO da empresa de que os analistas assumem, de forma errada, que o negócio do Facebook está dependente de alguns grandes anunciantes.

De salientar ainda, que apesar do Facebook não discriminar as receitas geradas especificamente em cada rede social, os analistas apontam o Instagram como um dos grandes contribuintes do bolo total.