Apesar dos Estados Unidos estarem agora menos comprometidos do que nunca em alcançar as metas definidas no Acordo de Paris, o resto do planeta parece continuar empenhado em investir nas energias renováveis. De acordo com um relatório publicado recentemente pela Ren21, países como a Dinamarca, Emirados Árabes Unidos, Peru, a Índia e o México estão até a obter eletricidade "verde" por preços bem abaixo daqueles que são praticados no mercado das energias fósseis.

Em adição, só durante o ano de 2016, foram construídas infraestruturas de energias renováveis suficientes para alimentar todas as casas existentes no Reino Unido, Alemanha, França e Itália.

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No total, pode ler-se no documento, foram produzidos cerca de 161 gigawatts. Este lote custou 187 mil milhões de libras, pouco mais de 214 mil milhões de euros. Em comparação com o valor pago em 2015, o número representa uma diminuição de 23% na despesa.

No "Relatório do Estado Global das Energias Renováveis 2017", a Ren21 explica ainda que esta potência adicional foi principalmente gerada por painéis solares (47%), turbinas eólicas (34%) e centrais hidroelétricas (15,5%).

Em comunicado, a ONG escreve que "as renováveis estão a tornar-se na opção mais barata" e dá o exemplo dos negócios fechados pelos países referidos - Dinamarca, Emirados Árabes Unidos, Peru, Índia, México e Egito - que obtiveram fornecimentos de energia "verde" a pouco mais de 0,04 cêntimos por kilowatt.

Menos positiva é a linha de investimentos em novas instalações para esta indústria. Em comparação com 2015, o dinheiro alocado para este segmento foi reduzido em 23%.

"O investimento continua a estar muito focado na conversão fotovoltaica solar e eólica, mas todas as tecnologias de energias renováveis precisam de ser reforçadas para mantermos [o aumento de temperatura resultante do] processo de aquecimento global abaixo dos dois graus centígrados". explica a Ren21.

A atrasar esta inversão das fósseis para as renováveis está a indústria dos produtos de aquecimento e arrefecimento. "O desenvolvimento de tecnologias renováveis [para este segmento] permanece um desafio à luz daquela que é a natureza deste mercado".

Ao contrário daquele que poderá ser o sentimento geral, a transição para as energias limpas também não está a ser levada "a sério" pela indústria automóvel. A autora do relatório diz que as vendas de veículos elétricos aumentaram, mas as infra-estruturas que suportam o desenvolvimento de tecnologias "verdes" para este sector são ainda poucas.

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