As conclusões são do relatório “Most Innovative Companies 2024: Innovation Systems Need a Reboot”, desenvolvido pela Boston Consulting Group (BCG) e indicam que apesar de a maioria das empresas nos diversos setores estar a experimentar esta tecnologia para inovar, este ano apenas 10% dos inquiridos revela que a sua implementação teve impactos reais na organização. O valor revela uma diminuição de 27 pontos percentuais (pp.) face a 2022.

A inovação é classificada por 83% dos executivos como uma das três principais prioridades nas suas organizações, mas só 3% das empresas possuem a estrutura, recursos e cultura organizacional para implementar essa prioridade de forma eficaz, uma queda de 17 pp. face a 2022. Apenas 30% dos inquiridos afirmam estar a planear atualizar a sua estratégia de inovação.

Em sentido contrário, 70% planeiam focar-se na otimização de processos, como o aumento da eficiência e da velocidade dos seus modelos operacionais, e 65% procuram aumentar o número de projetos na sua carteira, sendo que cerca de um terço destes está a priorizar a aposta em projetos de curto prazo.

Quando inquiridos sobre os principais obstáculos que as organizações enfrentam e que dificultam a inovação, o aumento das taxas de juro e as restrições de talento são apontados como especialmente desafiantes por 47% e 44% dos executivos, respetivamente, sendo que mais de metade (52%) destaca as estratégias pouco claras ou demasiado amplas como o principal desafio.

O relatório revela ainda que quase metade dos executivos (48%) considera que a sua organização se esforça para alinhar as estratégias de negócio e de inovação, mas apenas 12% combina efetivamente ambas as estratégias.

Estes dados sugerem uma falta de clareza em relação às oportunidades de médio e longo prazo, uma vez que alinhar a estratégia empresarial e a de inovação proporciona melhores resultados. As empresas que optam por esta abordagem atingem uma percentagem de receitas de novos produtos 74% superior àquelas que não o fazem, destaca o estudo.