
A Intel apresentou o relatório de contas referente ao segundo trimestre do ano, apresentando resultados estáveis face ao mesmo período do ano passado, em receitas de 12,9 mil milhões de dólares. A empresa registou perdas líquidas de 2,9 mil milhões de dólares, um aumento relacionado a 2024, que foi de 1,6 mil milhões. A empresa iniciou um plano de ação para melhorar a execução e eficiência, com o objetivo de cortar despesas de operação em 17 mil milhões em 2025 e 16 mil milhões em 2026.
A estratégia da nova administração da Intel, liderada por Lip-Bu Tan desde março, passa por reduzir a mão-de-obra da empresa. Em abril cortou 21 mil postos de trabalho, mas até ao final do ano vão ser afetados mais funcionários. “A nossa performance operacional demonstra o progresso inicial que estamos a fazer para melhorar a nossa execução e conduzir a uma maior eficiência”, disse o CEO da Intel no relatório de contas.
A empresa diz estar focada em reforçar o seu portfólio de produtos e a traçar um cronograma de inteligência artificial para melhor servir os seus clientes. As ações que estão a ser tomadas vão demorar tempo, mas a administração diz que vê claras oportunidades para aumentar a sua posição competitiva, melhorar a rentabilidade e criar valor a longo-prazo para os seus acionistas.
Para alcançar o objetivo de cortar os custos em 17 mil milhões de dólares de 2025, a Intel diz que já completou algumas das ações planeadas, inclusivamente reduzir a mão-de-obra em cerca de 15% anunciado em abril. Mas acrescenta que tem o plano de chegar ao final do ano com cerca de 75 mil empregados em novas medidas de redução da equipa. Nas contas do Engadget, o plano pode representar quase o dobro do esperado inicialmente, ou seja, um terço do total da mão-de-obra, considerando que a empresa reportou no final do ano fiscal anterior ter cerca de 108.900 empregados. Ou seja, em um ano, a Intel poderá despedir cerca de 34 mil funcionários.
Ainda no que diz respeito às medidas para melhorar a performance financeira, a Intel diz que cancelou os projetos que tinha previstos para a Alemanha, assim como na Polónia, naquele que seria um investimento de 4,6 mil milhões de dólares. A fabricante diz que pretende consolidar as operações de montagem e teste da Costa Rica nas suas fábricas maiores no Vietname e Malásia. Por fim, vai abrandar o ritmo de construção na fábrica de Ohio, “para garantir que os gastos estão alinhados com a procura do mercado”.
Recorde-se que, ainda sob a gestão de Patrick Gelsinger, a Intel anunciou no verão passado uma redução de 15.000 colaboradores, no âmbito de um plano de corte de custos que foi altamente criticado pelos acionistas e que acabou por levar ao afastamento do gestor.
O ex-CEO da Intel foi mesmo levado a tribunal por um grupo de acionistas e acusado de gestão danosa, por causa das medidas anunciadas terem provocado uma descida abrupta no preço das ações da companhia. O processo acabou por não ter consequências para a empresa, porque não foram encontrados indícios de gestão danosa.
Nos últimos cinco anos, as ações da Intel desvalorizaram 67%. A empresa tem posto em marcha diferentes planos estratégicos para acelerar caminho e ganhar uma posição confortável, num mercado onde os chips com capacidades para processar tarefas de inteligência artificial se impuseram.
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