O CEO da Huawei, Ren Zhengfei, declarou que a fabricante vai começar a produção de plataformas 5G sem tecnologia norte-americana a partir de outubro deste ano, avança a Reuters.

Durante um fórum de tecnologia, o CEO da fabricante chinesa indicou que, após um período de testes entre agosto e setembro, a Huawei vai apostar fortemente na produção de postos da rede móvel de quinta geração.

A empresa tem em vista o fabrico de 5.000 plataformas 5G sem algum tipo de componente tecnológico norte-americano por mês. A Huawei estima que o nível de produção em 2019 chegue às 600.000 unidades, ambicionando 1,5 milhões já no próximo ano.

Em entrevista ao The Economist, no início de setembro, Ren Zhengfei deu a conhecer que, para aumentar as probabilidades de “sobrevivência” na batalha contra os Estados Unidos, a empresa estava a apostar numa estratégia considerada invulgar. O CEO da fabricante chinesa afirmou que a empresa estava preparada para vender pacotes de patentes, licenças, códigos e projetos técnicos de 5G numa única oferta. O objetivo por trás da estratégia seria criar um concorrente da gigante tecnológica, que pudesse potenciar a “sobrevivência da empresa”, defendeu Ren Zhengfei.

O impacto da entrada da Huawei na lista negra dos Estados Unidos, em maio deste ano, está a fazer-se sentir na sua mais recente geração de smartphones. No novo dispositivo da marca, o Mate 30, está instalada a versão Open Source do Android 10, com o EMUI 10, mas não os serviços e a loja Google Play, nem as apps Google.