Está em marcha o processo que vai acreditar fornecedores para integrar o Catálogo de Serviços de Transição Digital. O aviso, que encerra no dia 31 de agosto, acolhe propostas para serviços que ficarão à disposição das Aceleradoras de Comércio Digital e das empresas visadas pela intervenção destas estruturas. Ambas as iniciativas são financiadas pelo Programa de Resolução e Resiliência, com o objetivo de ajudar a posicionar milhares de negócios nacionais no mundo digital até 2026.

As empresas que se candidatarem ao aviso podem apresentar serviços ou pacotes de serviços no valor de 500, 1.000 ou 1.500 euros, num conjunto de áreas pré-definidas. São elas: marketing digital; trabalho colaborativo e negócios inteligentes; fornecimento e logística; gestão e relacionamento com clientes; negócios mais seguros; mercados digitais; pagamentos digitais e serviços de alojamento.

Estes serviços terão como alvo, numa primeira fase, micro, pequenas e médias empresas do comércio e serviços, em dois âmbitos de atividade distintos: comércio, manutenção e reparação, de veículos automóveis e motociclos; e comércio por grosso (inclui agentes), exceto de veículos automóveis e motociclos.

As aceleradoras vão funcionar como estruturas centralizadas, com serviços de apoio para a digitalização de um universo estimado de 30 mil empresas (no prazo total de vigência da medida). Vão ter como missão avaliar a maturidade digital das empresas, propor um plano de transição e acompanhar as empresas da área do comércio, com serviços de proximidade.

No total está prevista a criação de 25 aceleradoras de proximidade, locais ou regionais, a par de um sistema de incentivos financeiros à digitalização dos modelos de negócio, que vai apoiar o investimento em tecnologia e a presença digital destes negócios.

A medida vai ser implementada em conjunto pela DGAE e pelo IAPMEI e acompanhada pela Estrutura de Missão Portugal Digital. Para o sector do comércio e serviços, o acesso ao Catálogo de Serviços de Transição Digital vai ser promovido pelas Aceleradoras de Comércio Digital.

Este incentivo tem um valor máximo de 2.000 euros por empresa beneficiária que recorra ao Catálogo, um montante que será gerido pela respetiva Aceleradora. Como também se explica nas regras do aviso, “as empresas poderão recorrer a serviços com valor superior ao apoio atribuído, desde que assegurem o pagamento do restante montante”.