A transformação digital atingiu um novo patamar com a introdução das tecnologias de Inteligência Artificial Generativa (IA Gen). A Inteligência artificial está a conquistar o seu espaço, contribuindo para o aumento da eficiência das empresas, otimizando custos de operações. Profissionais e empresas reforçam competências, implementam soluções, enquanto o enquadramento legal para esta nova realidade é traçado.

Muitas empresas já usam a Inteligência artificial de algum modo e a legislação da União Europeia (UE) sobre inteligência artificial já é uma realidade, embora só comece a ser aplicada dentro de dois anos. Estudos referem que a IA pode automatizar 30% das horas de trabalho até 2030. Para já, as empresas utilizam a IA Generativa na inovação ainda em pequenos projetos de inovação, desenvolvimento e criação de novos produtos e poucas empresas já usam as tecnologias em grande escala.

Os ganhos de produtividade associados à utilização da IA são comprovados por vários estudos em diferentes economias, diz Rui Cruz, CEO da Opensoft. “Caminhamos para um cenário em que não se vai discutir a adoção de estratégias de IA, mas, sim, quanto tempo falta para um negócio tirar partido das suas vantagens”.

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A Opensoft partilhou cinco sugestões para incrementar a produtividade das empresas através da utilização de inteligência artificial.

A automatização de processos repetitivos, morosos e manuais é a primeira recomendação da empresa. O treino de algoritmos e a aprendizagem automática permite executar “automaticamente tarefas administrativas, como o processamento de dados ou a gestão de stocks”. Deste modo, os trabalhadores ficam com mais tempo disponível para outras atividades de “natureza mais estratégica e criativa”, enquanto é reduzida a “margem de erros humanos que surgem neste tipo de tarefas”.

A Opensoft recomenda a utilização de “assistência virtual preditiva” que consegue responder a perguntas em tempo real e prever as necessidades dos utilizadores, ainda antes de serem manifestas. Com um sistema de assistência virtual recorrendo à IA, as empresas podem proporcionar aos clientes uma “experiência diferenciada”, enquanto aumentam a eficiência do atendimento e os níveis de satisfação.

A IA pode também ser utilizada na distribuição de tarefas e alocação de recursos, simplificando os processos. Por exemplo, com a devida preparação, a IA pode atribuir tarefas com base na disponibilidade de cada elemento ou aparelho/máquina para aumentar a produtividade do negócio. A Opensoft explica duas técnicas. Pode-se optar pela alocação dinâmica “em que os recursos são ajustados em tempo real, conforme a evolução do algoritmo de IA”, ou pela alocação estática, “que define uma distribuição fixa dos recursos prévia à utilização dos modelos de IA”.

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O apoio à tomada de decisão é outra matéria na qual a IA Gen tem o seu papel. A IA pode, por exemplo, ajudar na “definição da política de preços”, através da identificação de “relações entre vários fatores como o preço dos concorrentes, a elasticidade de preço, a procura, o stock ou a sazonalidade, entre outros, para chegar ao preço ideal de um produto ou serviço”. Nas vendas, os sistemas podem ajudar a identificar potenciais clientes com mais rapidez, acelerando o processo de vendas.

Finalmente e não menos importante, está o papel que a IA pode ter na gestão de processos de recrutamento e seleção de recursos humanos. “Os algoritmos conseguem analisar currículos, realizar um rastreio inicial, agendar entrevistas e até prever o desempenho com base em dados históricos. Assim, é possível ter uma gestão de talento mais eficiente, ajudando a atrair, reter e desenvolver os profissionais”, explica a Opensoft.