
A utilização do ChatGPT para “consumo privado” está a crescer e a desequilibrar uma balança que a OpenAI, quando lançou o assistente inteligente, previa que viesse a pender claramente para uma utilização profissional. Em meados do ano passado, metade das conversas mantidas com o assistente estavam relacionadas com questões de trabalho. Um ano depois, esses temas representam apenas um quarto das conversas.
Os dados constam de um paper produzido com a colaboração da OpenAI e não significam que o ChatGPT é menos usado como ferramenta de apoio à produtividade. Mostram antes que é cada vez mais usado por consumidores no dia a dia.
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O conteúdo das conversas também tem mudado. Se numa primeira fase, o assistente era mais solicitado para realizar tarefas como ajudar a escrever textos, que no ano passado chegou a representar mais de um terço das utilizações, hoje as interações são diferentes. Passam cada vez mais por pedidos de informação sobre temas, em alternativa à utilização dos motores de busca tradicionais.
A pesquisa de informação passou de 14% para 24% de todas as conversas. Mas aqui há diferenças importantes, consoante a idade. Os utilizadores mais jovens preferem interações pessoais, com perguntas sobre passatempos ou pedir conselhos, enquanto os utilizadores mais velhos recorrem mais ao ChatGPT para tarefas relacionadas com trabalho. Quase metade dos utilizadores da plataforma (46%) têm idades entre os 18 e 25 anos.
Outra evolução mostrada pelos estudos é uma distribuição mais uniforme na utilização do ChatGPT, entre homens e mulheres. No início do ano passado, só 37% dos utilizadores da plataforma tinham nomes tipicamente considerados femininos. Em julho deste ano, essa percentagem tinha subido para 52%.
Os mesmos dados mostram que o acesso ao ChatGPT também está mais democratizado e menos concentrado em países com rendimentos per capita mais elevados. Também indicam que pessoas com formação académica mais elevada procuram mais o assistente, sobretudo para temas profissionais.
Neste momento, o ChatGPT tem 700 milhões de utilizadores semanais, que enviam mais de 2,5 mil milhões de mensagens diárias, qualquer coisa como 29.000 mensagens por segundo.
O paper que divulga a informação é da autoria do National Bureau of Economic Research, com informação da OpenAI, universidades de Harvard e Duke e conclui que “o ChatGPT tem um impacto abrangente na economia global”. Refere ainda que, “o facto de a utilização não profissional estar a aumentar mais rapidamente sugere que os ganhos em termos de bem-estar decorrentes da utilização da IA generativa podem ser substanciais”.
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