O número médio de ataques por organização alcançou a marca dos 1.925 por semana, num crescimento de 47% em comparação com o período homólogo em 2024, indicam os dados do mais recente relatório da Check Point Research.

Os especialistas realçam que a subida reflete a rápida evolução das táticas usadas pelos cibercriminosos, assim como a crescente complexidade dos ataques.

Entre os sectores mais afetados incluem-se a educação, a administração pública e as telecomunicações. O sector da Educação contou com uma média semanal de 4.484 ataques por organização, num aumento de 73% face a 2024. Segue-se o da administração pública, com 2.678 ataques semanais (mais 51%), e o sector das telecomunicações, com 2.664 ataques por semana (mais 94%).

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Em Portugal, as organizações foram alvo de 2.050 ataques por semana durante os três primeiros meses do ano, um valor que representa um aumento de 49% face ao primeiro trimestre de 2024.

O número de ataques semanais registado pelas organizações em Portugal é também bastante superior à média europeia (1.612). Os sectores mais afetados no nosso país são o da Educação/Investigação, o da Saúde e o sector Financeiro/Banca.

A nível internacional, a região africana foi a que registou o maior número médio de ataques semanais por organização (3.286), num aumento de 39%. Segue-se a região Ásia-Pacífico, com uma média semanal de 2.934 ataques, que representa um aumento de 38% em comparação com o ano anterior.

A América Latina foi a região que registou a subida mais preocupante, com um aumento de 108% face ao período homólogo em 2024, numa média de ataques semanais por organização.

Os investigadores da Check Point Research avançam que o número de ataques de ransomware registou um aumento de 126% em comparação com o primeiro trimestre de 2024, com um total de 2.289 incidentes. 62% dos ataques aconteceram nos Estados Unidos e 21% na Europa.

A lista de sectores mais visados por ataques de ransomware é liderada pelo dos bens e serviços de consumo (13,2%), seguindo-se o dos serviços empresariais (9,8%) e o da indústria transformadora (9,1%).

“Com o cenário de ameaças em constante mutação, os líderes de segurança devem apostar numa estratégia que permita maior visibilidade e controlo, mitigando riscos antes que estes afetem os negócios” ,afirma Rui Duro, Rui Duro, Country Manager da Check Point Software em Portugal, citado em comunicado. “A cibersegurança é hoje um imperativo contínuo, essencial para proteger ativos, reputações e a confiança dos clientes”, realça.