A Anacom revelou os dados sobre a utilização de equipamentos IoT em Portugal durante 2021. É destacado que cerca de 23% das empresas portuguesas com 10 ou mais empregados utilizaram equipamentos ou sistemas interconectados que podem ser controlados remotamente ou monitorizados pela Internet. O regulador diz que esse valor corresponde a mais 10% em relação ao ano anterior, no entanto, Portugal ainda se mantinha 6% abaixo da média da União Europeia, ocupando o 16º lugar no ranking.

A utilização de sistemas IoT tem uma tendência de ser maior à medida do crescimento empresarial. E no caso das médias empresas e as grandes empresas, estas estão acima da média, registando 35% e 46%, respetivamente.

Quanto ao sector de atividade mais utilizado, a Anacom diz que a Eletricidade e a Água representam 41% do uso, seguindo-se o alojamento e restauração com 30% e o Comércio por gross e retalho, com 28% superaram a média nacional. É ainda destacado que as empresas utilizaram sistemas IoT para segurança das suas instalações (86%), na gestão do consumo de energia (32%), gestão de logística (21%), processos de produção (19%), monitorização das necessidades de manutenção (18%) e serviço ao cliente (13%).

Veja na galeria os dados de uso de IoT em Portugal:

Por outro lado, dados de 2020 indicam que na área do consumo pelos utilizadores individuais a média era superior à da União Europeia. 30,1% dos utilizadores individuais de internet tinham algum equipamento de uso pessoal ligado à internet. E 19% já tinham equipamentos domésticos conectados.

Relativamente aos equipamentos mais utilizados, sobressaem-se os smartwatch, pulseiras de fitness, óculos ou auscultadores, equipamentos com localização por GPS, assim como wearables em forma de roupas, sapatos ou acessórios. Este grupo corresponde a 23,8% dos utilizadores de Internet. Já os automóveis com conexão Wi-fi correspondem já a 8,6%. Ao passo que equipamentos para cuidados médicos e de saúde correspondem a 7,2%.

Em casa, os equipamentos domésticos mais conectados são os assistentes virtuais, como o Alexa ou Google Assistant com 9,7%; as soluções de segurança correspondem a 6,6%; os eletrodomésticos representam 5,6%; e os equipamentos de gestão de energia doméstica são 5,1%.

Em termos demográficos, a Anacom diz que os equipamentos foram mais utilizados por pessoas com maiores níveis de escolaridade e com menos de 45 anos.