
O governo australiano deixou centenas de milhares de dados pessoais desprotegidos na internet. A falha de segurança afeta 774 mil potenciais migrantes. De acordo com o The Guardian, a SkillsSelect, plataforma digital utilizada pelos serviços públicos para gerir este tipo de informação, permitiu, durante várias horas, que qualquer pessoa acedesse a detalhes como a idade, o país de origem, o estado civil e as qualificações das pessoas impactadas. Note que era possível procurar por nomes específicos e, assim, aceder aos respetivos dados dessa mesma pessoa.
A plataforma convida trabalhadores qualificados e empresários a expressarem o seu interesse em migrarem para a Austrália. As intenções dos utilizadores são armazenadas durante dois anos e, durante este período, podem ser-lhe endereçadas ofertas de trabalho e, consequentemente, a possibilidade de se tornarem elegíveis para um visto de trabalho.
A secretaria de Estado responsável pelo emprego colocou a SkillsSelect offline para "manutenção" pouco depois do jornal britânico contactar o governo australiano, mas ainda não há informações que apontem para o regresso da ferramenta que agiliza os pedidos de migração. Por enquanto, as equipas responsáveis pela pasta terão de notificar todas as vítimas.
Importa ainda referir que o governo australiano lançou recentemente uma aplicação de rastreamento, para gerir a pandemia de COVID-19. A CovidSafe é uma aplicação capaz de monitorizar os contactos de proximidade a partir do telemóvel de cada cidadão, permitindo mapear as correntes de contágio. Estas novas ferramentas têm gerado algum debate, sobretudo no que toca aos riscos que representam para a privacidade dos utilizadores, dado que existem algumas dúvidas quanto à segurança e ao anonimato dos dados.
Esta situação pode complicar a adoção da app, embora a SkillsSelect tenha sido desenvolvida separadamente. Em causa está a confiança da população na capacidade do governo australiano em lidar com os dados pessoais dos cidadãos. Note que serão necessários milhões de downloads para que as autoridades consigam monitorizar as correntes de contágio com eficiência.
Já em 2016, uma investigação trouxe a público que a polícia australiana podia aceder aos registos médicos dos cidadãos australianos sem precisar de requerer autorização legal para o efeito.
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