A celebrar 15 anos do blog Dias de Uma Princesa, Catarina Beato garante que a principal mudança desde então passa por ter encontrado um propósito para aquilo que faz. “Normalizar outras vidas, chegar a outras mulheres e fazer com que percebam que as suas estranhezas não são assim tão estranhas e que as suas dores são iguais às de outras mulheres” é a missão da mãe de três filhos. Ao SAPO TeK falou não só sobre a exposição online das crianças, as redes sociais e novas tecnologias, como também da sua experiência de ensino a distância e a relação que tem com as marcas. Houve ainda tempo para destacar as regras de “lá de casa” no que diz respeito aos ecrãs.

2005 é o ano que marca o início da aventura que Catarina Beato define, no seu blog, como um “diário transparente e emotivo”. Histórias de amor são aquilo que mais gosta de escrever e, por isso, os três filhos da produtora de conteúdos são um dos temas recorrentes. Mas, de que forma Catarina faz a gestão da exposição online das crianças?

Gonçalo, de 17 anos, Afonso de oito, que define como um “aficionado pelas tecnologias”, e Maria Luiza, de três, são os rostos que aparecem muitas vezes nas plataformas de Catarina, tanto no blog, como na página de Instagram, Facebook e canal de YouTube. “A exposição online é feita de uma forma responsável”, assegura, deixando claro que não partilha fotografias dos filhos, por exemplo, em situações de fragilidade ou despidos, dos caminhos para a escola e dos lugares que frequentam.

“A minha preocupação é não expor nada que possa ser muito intrusivo, tentando olhar para a pegada digital”, afirma Catarina Beato

A verdade, e referindo-se a “um caminho muito natural”, quando os filhos são mais novos “a exposição é inevitavelmente maior”. No entanto, a partir do momento em que “possam ser consumidores dos conteúdos, que conseguem ler e ter acesso, há quase um pedido de permissão”.  Catarina Beato frisa, ainda assim, que a exposição que faz agora pode mudar a qualquer momento, se deixar de se sentir confortável com isso.

Novas tecnologias podem ser “amigas”, mas há regras a serem cumpridas lá em casa

Confirmando que, em como tudo o resto, é preciso algum equilíbrio na utilização das novas tecnologias, Catarina considera que todos os mecanismos à disposição podem ser benéficos para a relação entre pais e filhos. Partindo do exemplo do seu filho mais velho, a produtora de conteúdos garante que tem conversas por WhatsApp que não tem pessoalmente, “porque nunca se criou um momento em que estamos só os dois naquele momento tão íntimo”, explica. Também a nível conjugal, um pedido de desculpas através desta forma, “longe” do olhar atento dos filhos, acaba por ser a opção em alguns casos.

“Acredito mesmo que as tecnologias bem usadas são nossas amigas”

Catarina deixa, no entanto, claro que não é adepta da utilização da tecnologia para apenas um fim. A mãe de três filhos dá o exemplo de uma criança que só usa equipamentos para explorar um jogo.

É também neste contexto que Catarina define algumas regras em casa em relação aos ecrãs, com as férias de verão a serem já uma realidade. Uma delas é a não utilização do telemóvel, dos tablets ou computadores durante 11 horas, entre os períodos de dormir e o acordar. Fazer algumas pausas, de descanso, é outro método utilizado pela produtora de conteúdos no blog Dias de Uma Princesa.

Em plena crise de Saúde Pública, e tnuma altura em que está também a concluir um mestrado, Catarina vê no ensino a distância uma boa estratégia, mas que tem um problema evidente: "acharmos que chegamos de forma democrática a todo o lado, mas não sabemos as condições físicas de cada recetor". No entanto, em sua casa a experiência "correu muito bem", com o Afonso e a Catarina a terem computadores para estudarem e participarem em aulas online.

Redes sociais: a experiência de "distanciamento" em relação ao Instagram com a COVID-19

Com uma presença ativa nas redes sociais, a autora do blog Dias de Uma Princesa conta ao SAPO TeK que nos dois primeiros meses da quarentena o Instagram, onde é seguida por perto de 67.000 pessoas, não foi, de todo, a sua preferência. O elevado número de publicações e de diretos levaram Catarina a afastar-se da rede social.

"Nos dois primeiros meses da quarentena o lugar onde menos me apetecia estar era no Instagram", afirma Catarina Beato

Assumindo ter o "cuidado de nunca entrar na intimidade do outro", Catarina garante ainda que não tem pressão para escrever sobre determinados assuntos. Depois de há cerca de três anos ter feito uma espécie de "revisão" em relação às marcas com as quais trabalhava no blog, a produção de conteúdos é feita "com marcas que fazem um match total com aquilo que faço", tendo em conta o público do site, explica.

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