Na apresentação dos resultados da edição de 2018 do Índice de Digitalização da Economia e da Sociedade (IDES), a Comissão Europeia assumiu que, em 2017, a União Europeia continuou a melhorar o seu desempenho digital e que o fosso entre os países mais e menos digitais diminuiu ligeiramente (de 36 pontos para 34 pontos). Portugal não ficou muito bem no retrato e perdeu uma posição face a 2017

O executivo europeu avisou também que alguns países ainda têm um longo caminho a percorrer e que existem factores que a UE tem que aprimorar para ser mais competitiva mundialmente. Entre eles destaca a importância de se concluir rapidamente a Estratégia para o Mercado Único Digital, lançada em maio de 2015.

O futuro da Europa é digital e há novas medidas prontas a reforçarem a ideia
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“É por isso que devemos investir mais no digital e também completar o Mercado Único Digital o mais rapidamente possível: impulsionar o desempenho digital da Europa, fornecer conectividade de primeira classe, serviços públicos online e um próspero comércio eletrónico", assume o vice-presidente do Mercado Único Digital, Andrus Ansip.

De acordo com o relatório de 2018, a Dinamarca, Suécia, Finlândia e Holanda obtiveram as classificações mais altas no  IDES2018 e estão entre os líderes globais em digitalização.

Seguem-se o Luxemburgo, a Irlanda, o Reino Unido, a Bélgica e a Estónia, com a Irlanda, Chipre e Espanha a terem sido os que mais progrediram (mais de 15 pontos) nos últimos quatro anos.

Apesar da pontuação geral de Portugal ter aumentado ligeiramente (menos de dois pontos), isso não impediu o país de cair um lugar na classificação, passando de 15º para 16º.

Portugal recua no ranking Europeu que avalia o desempenho no domínio digital
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O índice mostra ainda que cada vez mais europeus usam a internet para comunicar e que a conectividade melhorou, embora seja insuficiente para atender às necessidades. O uso de serviços públicos online também é uma das dimensões em crescimento.

Quanto ao número de europeus nas áreas das STEM, apesar da UE ter mais "especializados digitais", ainda não são suficientes para colmatar as lacunas do mercado. A percentagem de europeus sem competências digitais básicas ainda se mantém elevada (43%).

Segundo a Comissão Europeia, o e-commerce está a crescer lentamente, pelo que terá apresentado uma série de medidas para impulsionar o comércio eletrónico e que vão desde preços de entrega das encomendas mais transparentes até à simplificação das regras do IVA e dos contratos digitais.

O Índice de Digitalização da Economia e da Sociedade (IDES) é um relatório que apresenta o desempenho dos 28 Estados-Membros num conjunto de domínios, que vão da conectividade e das competências digitais à digitalização das empresas e dos serviços públicos.