O ataque terá acontecido após as 16 horas e afetou o site Partido Comunista Português, da Juventude Comunista e de algumas organizações regionais, assim como o site do jornal Avante. Algumas das páginas continuam ainda offline à hora de publicação desta notícia.

A notícia foi avançada pela CNN Portugal que diz ter recebido um comunicado do grupo de hacktivistas que afirma que “numa operação pontual e cirúrgica” neutralizou os sites do PCP, silenciando “por minutos aqueles que querem silenciar os nossos”.

O ataque está relacionado com a posição do PCP que não condenou o ataque da Rússia à Ucrânia. "Apoiar criminosos não é política. Apoiar a matança de inocentes é intolerável", acusa o grupo de piratas informáticos.

"A Ucrânia está a sofrer. O povo ucraniano está a morrer. Na Ucrânia estão a ser praticados crimes de guerra. Um Estado de Direito não tolera o crime e a morte de pessoas inocentes (...) Que o desespero de uma nação massacrada vos pese na consciência. Reflitam, foi apenas um aviso. Não causamos danos. Da próxima vez iremos divulgar alguns dos vossos segredos”, refere o documento, segundo a notícia do canal de TV.

A mesma fonte contactou o Partido Comunista que confirmou que o site se encontra em baixo, mas não a causa do problema.

Guerra na Ucrânia sem impacto na cibersegurança em Portugal. Cibercriminosos e agentes estatais estão no top das ameaças
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Ao contrário do que é habitual, não houve um defacement do site com a publicação de mensagens dos hacktivistas, mas apenas a indisponibilidade das páginas web.

Os ataques informáticos relacionados com a guerra fizeram com que as autoridades estejam em modo de alerta, mas em Portugal não eram conhecidos ataques relacionados com guerra, como escreveu ontem o SAPO TEK com base em informação do Centro Nacional de Cibersegurança.

Ainda antes da invasão militar, os ciberataques foram usados pela Rússia para bloquear alguns dos serviços governamentais e financeiros da Ucrânia, um ato de ciberguerra que mostra que este é um terreno onde muitos dos conflitos entre Estados estão a ter lugar. Os Estados Unidos admitiram reforçar as suas ciberdefesas nesta área.

A tecnologia está também a permitir que o que se passa na Ucrânia seja rapidamente acompanhado em todo o mundo e as imagens de satélite mostram a situação no terreno, como é o caso dos massacres em Bucha.

Veja as imagens que mostram no terreno a evolução da guerra na Ucrânia.