As eleições primárias norte-americanas estão a ser marcadas por um incidente com uma aplicação de contagem de votos que atrasou o anúncio dos resultados do Partido Democrata no caucus do Iowa. Ainda antes do caos lançado pela criação da Shadow Inc., a Google decidiu deixar claro que medidas está a pôr em prática para prevenir ataques que possam comprometer a eleição que decidirá o sucessor de Donald Trump, assim como para ajudar os eleitores a tomar decisões informadas e travar a disseminação de informação falsa.

A gigante de Mountain View esclarece, numa publicação no seu blog, que está preparada para combater ameaças em diversas “frentes”. A empresa está a trabalhar em parceria com a Jigsaw, uma subsidiária da Alphabet, na pesquisa de métodos para identificar deepfakes através de Inteligência Artificial. A Google e a Foreign Influence Task Force do FBI também juntaram forças para mitigar a interferência maliciosa nas plataformas da empresa, identificar atacantes e remover as suas contas, assim como informar o público e as autoridades.

Para garantir a segurança dos candidatos, de quem realiza as campanhas eleitorais e dos jornalistas, a empresa desenvolveu o projeto Protect Your Election. A iniciativa disponibiliza um conjunto de ferramentas gratuitas que podem ajudar os utilizadores a proteger-se contra ameaças informáticas e a informar os eleitores de forma mais exata.

A Google quer ajudar os utilizadores em busca de informação acerca das eleições presidenciais norte-americanas a navegar de forma mais segura nas suas plataformas. A empresa já tinha anunciado, em novembro de 2019, a chegada de mudanças às suas regras relativas a anúncios políticos. Os anunciantes já não podem apresentar publicidades que se baseiem nas afiliações políticas dos utilizadores. Os eleitores norte-americanos podem também consultar o Political Ads Transparency Report para verificar quem está por trás dos anúncios políticos nas plataformas da Google.