À semelhança das últimas eleições nos Estados Unidos, o Facebook montou um quartel-general para vigiar o ato eleitoral da União Europeia, que acontecerá no próximo dia 20 de maio. O objetivo da “War Room”, composto por uma equipa de 40 pessoas, é tratar todo o tipo de desinformação que possa interferir com as eleições.

A base foi montada nas instalações europeias do Facebook, em Dublin na Irlanda, e segundo o Financial Times, via Engadget, inclui cientistas de dados, engenheiros e especialistas de segurança. A equipa fica incumbida de intercetar qualquer tipo de conteúdo irregular antes que tenha oportunidade de se espalhar.

Apesar de ter sido montada há pouco tempo, a equipa já intercetou centenas de conteúdos e comportamentos suspeitos ligados a questões políticas, entre elas esforços para supressão de votos que, entretanto, foram removidos. Segundo o Facebook, a empresa afinou o seu sistema de investigação de comportamentos baseado nas experiências anteriores (as campanhas dos Estados Unidos e Brasil), de forma a reduzir a dependência de outras equipas da rede social espalhadas pelo mundo.

A pressão está alta para a empresa de Mark Zuckerberg, sobretudo quando a Comissão Europeia já manifestou não estar convencida da capacidade de reação rápida às interferências. O Facebook já havia acrescentado novas regras para publicidade política em preparação às eleições, entre as quais para a compra de publicidade para campanhas políticas.