O relatório “Spam e Phishing em 2017” da Kaspersky Lab revela que, devido à redução da atenção dos utilizadores e ao aumento da sua "confiança incondicional", os métodos usados pelos hackers nas suas atividades de spam e phishing levam a que seja mais fácil motivar as pessoas a seguir falsas instruções.

No geral, segundo o mesmo documento, a quantidade média de spam em 2017 foi de 56,63%, o que significa que está 1.68 pontos percentuais abaixo de 2016. Ao mesmo tempo, o número de ataques de phishing foi cerca de 59% mais elevado do que em 2016.

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A proporção de tráfego de emails de spam em 2017

No ano passado, o Campeonato Mundial de Futebol FIFA 2018 foi um dos principais temas usado pelos spammers para espalharem emails com mensagens fraudulentas que incluem os logótipos oficiais do evento e informações da organização e das marcas patrocinadoras.

As notificações sobre prémios da lotaria e promessas de bilhetes gratuitos também foram alguns dos métodos escolhidos para enganarem os utilizadores.

Com o aumento do preço das Bitcoins, as criptomoedas também se tornaram um assunto “apetecível” para os hackers, tendo sido detetado um aumento considerável de ferramentas de spam no final do ano.

Entre os vários esquemas estavam a distribuição de diferentes tipos de malware em emails de spam, sobre o pretexto de ferramentas para ganhar Bitcoins, ou instruções para troca de criptomoedas.

Os hackers também recorreram a esquemas fraudulentos mais tradicionais, como as lotarias falsificadas, em que a Bitcoin era usada como isco, tendo como alvos bases de dados de utilizadores de criptomoedas, oferecendo-lhes grandes oportunidades de compra.

A Alemanha foi o país mais afetado por emails maliciosos (16,25%), enquanto que a maior parte do spam teve origem nos EUA (13,21%), seguido pela China (11.25%) e Vietname (9.85%).

Segundo os dados 15,9% de utilizadores com produtos Kaspersky Lab foram vítimas de phishing em todo o mundo, e o Brasil foi o país mais afetado (29,02%).