
Depois da estreia nos Estados Unidos, o AI Mode da Google chega a um novo país. Agora, os utilizadores no Reino Unido vão poder usar o novo modo de pesquisa “alimentado” por inteligência artificial da gigante de Mountain View.
O AI Mode apresenta-se como uma evolução do sistema de AI Overviews que já permitia obter respostas mais elaboradas às pesquisas feitas no motor de busca, incluindo informações adicionais e mais ligações.
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Como afirma a Google, o objetivo passa por uma abordagem mais interativa, para ajudar a responder a questões complexas, mantendo a conversa com a funcionalidade, que recorre a uma versão personalizada do modelo Gemini 2.5, e dando seguimento às perguntas feitas inicialmente.
Através do AI Mode, os utilizadores podem aprofundar os assuntos que pesquisam e colocar até 10 perguntas numa só entrada. Graças às capacidades multimodais do Gemini 2.5, a funcionalidade permite também fazer pesquisas com base em imagens e em comandos de voz.
Embora a integração de IA prometa facilitar e tornar as pesquisas mais personalizadas, soluções como o AI Mode estão a levantar preocupações para quem depende do tráfego gerado pelas pesquisas mais “tradicionais”, entre empresas, organizações e meios de comunicação.
Recentemente, um novo relatório da Similarweb mostrou que as recomendações feitas por IA para sites estão a crescer. Em junho, plataformas de IA como ChatGPT, Gemini, Grok ou Claude geraram mais de 1,13 mil milhões de visitas para os 1.000 sites mais populares do mundo, numa subida de 357% em comparação com o ano passado. As recomendações de pesquisa geradas por IA para sites de notícias registaram um aumento de 770%.
Além disso, um estudo recente do Pew Research Center veio reforçar as preocupações, revelando que, quando é apresentada uma pesquisa gerada por IA no topo da página do Google, os utilizadores clicam em apenas um link a cada 100 pesquisas, avança a BBC.
Embora a empresa tenha contestado a metodologia usada, organizações como a Foxglove, que encomendou o estudo, defendem que as conclusões apresentadas são motivo para alarme.
Rosa Curling, diretora da Foxglove, alerta que os resumos gerados por IA conseguem reter a atenção dos utilizadores, apesar de serem frequentemente imprecisos. Ao impedir que as pessoas consultem com mais atenção as fontes originais, a funcionalidade está a comprometer os modelos de negócio das organizações noticiosas, defende a responsável.
Para já, a Google ainda não esclareceu de que modo é que a publicidade funcionará no novo formato de pesquisas, nem se as empresas poderão pagar para serem incluídas nas respostas apresentadas.
Hema Budaraju, responsável de produto para a área da pesquisa na Google, reconheceu que o sistema ainda está a ser alinhado, mas desvalorizou os receios. "Penso que as pessoas vão usar estas tecnologias para desbloquear novas formas de procurar informação", afirmou à BBC. "Este tipo de perguntas não aconteciam antes, e agora é possível expressar-se de forma muito mais natural."
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