Citado pela agência de notícias EFE, o relatório publicado hoje sublinha que a Europa e Ásia Central são as regiões mais expostas a esta nova tecnologia, à frente das Américas, onde a percentagem de empregos que podem ser afetados é de 29% (141 milhões) e os que correm o risco de automatização representam 4,7%.

A Europa e as Américas estão acima da média mundial no que respeita à exposição à IA (24%) e à potencial automatização (3,3%), enquanto na Ásia-Pacífico 442 milhões de postos de trabalho poderiam introduzir a IA nos seus empregos (22%) e 3,2% poderiam estar em risco de automatização.

Globalmente, os números indicam que quanto maior for o desenvolvimento económico, maior será a exposição à inteligência artificial, pelo que em África, com níveis de rendimento mais baixos, a exposição potencial a esta tecnologia desce para 19% (105 milhões de empregos).

Em todas as regiões do mundo, segundo o estudo, as mulheres estão mais expostas à IA do que os homens: no caso da Europa e da Ásia Central, 39% dos empregos das mulheres (75 milhões) podem ser afetados pela tecnologia, contra 26% dos homens (61 milhões).

Nesta região, 8,6% dos empregos das mulheres estão em risco de automatização, enquanto nos homens esta percentagem desce para 3,3%.

De um modo geral, a OIT é ligeiramente otimista, quanto ao avanço da IA no mundo do trabalho e salienta que, em muitos casos em que é aplicada, a intervenção humana continuará a ser necessária, pelo que "a maioria dos empregos será transformada, em vez de destruída".