Durante quase 36 horas o aeroporto de Gatwick, em Londres, esteve fechado devido à presença de drones na sua área circundante. Praticamente todos os voos foram cancelados e atrasados, causando transtornos a cerca de 120 mil pessoas entre quinta de noite e a madrugada desta sexta-feira. Para resolver a situação caótica foi preciso a intervenção do exército, que disponibilizou tecnologia militar para garantir as operações e serviços mínimos.

Em Portugal, para evitar situações idênticas às de Londres, e prevendo-se um aumento de fluxo de passageiros que regressam ao país para a quadra natalícia, a Autoridade Aeronáutica Nacional decretou a proibição do uso de drones junto aos aeroportos, como medida preventiva. Para tal foi criada uma zona de exclusão, com um raio de seis quilómetros, para impedir a navegação de qualquer dispositivo voador não autorizado, nas áreas circundantes aos aeroportos.

A área de exclusão abrange os aeroportos de Lisboa, Porto e Faro, e entrou em vigor às 6 da manhã e prolonga-se até às 18 horas desta sexta-feira. A medida é reforçada pela ANAC, que refere em comunicado a interdição de drones nas zonas de controlo estabelecidas para a prestação de serviços de controlo de tráfego aéreo, em diversos aeroportos nacionais, entre eles Lisboa, Porto, Faro, Funchal, Porto Santo, Ponta Delgada, Santa Maria, Horta e Flores, avança a TSF. A interdição está em vigor desde as 7 da manhã até às 19 horas desta sexta-feira.

As medidas preventivas foram tomadas tendo em consideração aos movimentos dos “coletes amarelos”, que incentivaram os manifestantes a utilizar drones junto ao aeroporto de Lisboa para causar transtornos na circulação aérea, segundo a revista Sábado. Os proprietários e operadores de drones que quebrarem a zona de exclusão serão sujeitos às sanções previstas na lei, referiu o porta-voz da AAN à Lusa.

Para garantir a segurança nas operações do aeroporto esta sexta-feira, diferentes entidades irão conduzir operações, como a ANAC, a gestora do espaço aéreo (NAV) e a PSP.