O Chrome vai deixar de suportar o Windows 7 e o Windows 8.1, a partir de fevereiro do próximo ano. O roadmap foi divulgado pela Google, que está a prever o fim do suporte para a versão 110 do browser, que deve ser lançada a 7 de fevereiro de 2023. A versão estável mais recente do Chrome é a versão 107, lançada esta segunda-feira, dia em que a empresa também anunciou o lançamento da beta 108.

O Chrome 110 encerrará assim um ciclo, que a própria Microsoft em parte também já fechou, quando deixou de lançar atualizações compatíveis com o Windows 7 em 2020, 11 anos depois de ter lançado aquela versão do sistema operativo.

No entanto, e face à grande utilização que a versão ainda tinha, a empresa decidiu estender por mais três anos o lançamento de correções de segurança, para garantir a utilização segura do Microsoft 365 no Windows 7. O “bónus” termina em janeiro do próximo ano, mês para o qual também está anunciado o fim do suporte da Microsoft ao Windows 8.1.

Mas mesmo só com suporte parcial e de fim anunciado pela Microsoft, a versão 7 do sistema operativo continuou a ser amplamente usada, pelo que as notícias relacionadas com esta versão do SO ainda devem continuar a interessar a milhões de utilizadores.

Os serviços que monitorizam estes dados têm números divergentes sobre a percentagem de utilizadores que se mantém na geração 7 do Windows, mas ainda no início do ano passado uma análise da ZDNet, aos vários dados disponíveis, concluía que era seguro considerar que 20% dos utilizadores do Windows continuavam a utilizar Windows 7.

O serviço Statcounter faz contas mais modestas, mas ainda assim estima que em setembro deste ano o Windows 7 continuava a correr em mais de 10% dos computadores a nível mundial. O Windows 8.1 continuava a ser usado em 2,7% dos PCs.

O fim do suporte, tanto ao sistema operativo como ao browser, não impede o software de continuar a funcionar, mas aumenta consideravelmente o risco dessa utilização, uma vez que os fabricantes já não têm o compromisso de procurar e corrigir falhas no produto, que podem ser usadas como portas de entrada nos sistemas para ataques informáticos.

A performance dos serviços também vai sendo progressivamente afetada sem atualizações, já que estes upgrades tanto servem para corrigir falhas de segurança, como para introduzir melhorias e inovações. Isto no caso do Chrome, uma vez que as atualizações fornecidas pelo Microsoft já tinha sido restringidas apenas a questões de segurança. O Windows 10 ou superior passam assim a ser o padrão mínimo para usar a versão mais moderna do Chrome, a partir de fevereiro.