Nos últimos dois anos, os processadores AMD Ryzen têm vindo a crescer e são cada vez mais adotados pelas fabricantes, tendo mesmo batido alguns recordes de vendas da marca. A fabricante acaba de anunciar novidades para 2023. A restruturação do seu portfólio significou segmentar os chips mediante a sua utilização, com nomes que provavelmente não conseguirá distinguir a sua utilização. Nesse sentido, a fabricante lançou a respetiva explicação.
A sua série 7020 foi batizada de “Mendocino”, englobando os processadores Ryzen 5, Ryzen 3 e Athlon, sendo os de gama de entrada para computadores do dia-a-dia. Os chips de série 7030 chamam-se “Barcelo-R” e englobam Ryzen 3, 5 e 7, tratando-se de uma atualização dos designs de 2022 para computadores mainstream, os mais leves e finos. A série 7035 tem como assinatura “Rembrandt-R” e engloba toda a série Ryzen, do 3 a 9, para computadores leves e finos de gama premium.
Para utilizadores e jogadores mais hardcore, a AMD reservou a sua gama 7040 que agora se chama Phoenix, com a mesma gama de processadores Ryzen de 3 a 9. Os computadores de elite, ultrafinos serão equipados com estes processadores. Por fim, a série 7045 passa a chamar-se Dragon Range, processadores para computadores de gaming extremos e criadores de conteúdos, com chips Ryzen 5 a 9.
Compreendidos os nomes e respetiva segmentação, a AMD também partilhou a explicação de como interpretar os números de cada modelo de CPU. Este segue uma lógica, mas precisa saber o que cada número ou letra significa na designação do chip. O objetivo foi oferecer aos entusiastas e técnicos informações rápidas logo a partir do número para se fazer uma primeira comparação. A lógica passa por oferecer um número que quanto mais elevado for, melhor representa a sua capacidade. Assim, o código mostra o ano de produção, o segmento, arquitetura ou mesmo form factor.
Segundo a ficha de descodificação que a AMD partilhou, pegue-se no exemplo dado, o Ryzen 5 7640U. É difícil perceber à primeira vista de que chip se trata, mas vamos por partes:
7640U – Começando pelo primeiro número, neste caso o 7, este representa o ano do modelo de portfólio. Nesse caso, o 7 representa 2023, o 8 será o 2024 e o 9 será o 2025. Não se sabe se em 2026 será adicionado o duplo dígito 10 ou se voltar ao zero. Com esta indicação é mais fácil para o consumidor identificar se está a comprar um novo modelo ou um chip de gerações anteriores.
7640U – O segundo dígito, neste caso o 6, representa o segmento de mercado, mostrando a sua performance, ou seja, se é um chip Athlon, Ryzen 3 ou Ryzen 7, por exemplo. Mas atenção que a numeração não é linear e pode gerar confusão. O 6 neste exemplo, também corresponde ao Ryzen 5 (tal como o 5) e o 8 pode ser Ryzen 7/9. Veja na imagem a tabela completa.
7640U – O terceiro dígito revela a arquitetura do processador e aqui é listado de forma linear. Neste caso, o 4 representa o Zen 4, o 5 o Zen 5, e assim adiante.
7640U – Este número é utilizado quando necessário para melhor caracterizar a sua arquitetura, por exemplo, distinguir melhor o Zen 3 do Zen 3+. O 0 representa um modelo de segmento inferior e o 5 um modelo de segmento superior.
7640U – A letra final representa o form factor do processador, salientando o tipo de utilização, distinguindo quando é destinado a um simples Chromebook ou a um computador topo de gama para gaming. Neste caso, o U significa processador para portátil ultrafino premium. O C para Chromebook, entre outras indicações que pode ver na tabela, mostrando ainda a sua capacidade em watts.
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