A Força Espacial dos Estados Unidos (US Space Force) tem como missão proteger os Estados Unidos de ameaças vindas “do céu", incluindo desastres relacionados com satélites. A preparação é fundamental, mas perante a impossibilidade de usarem satélites reais e em órbita, como é que a Força Espacial pode praticar? A resposta estará em “gémeos” espaciais digitais.

A Slingshot Aerospace, que está a desenvolver a tecnologia, explica que o processo de criação dos “gémeos” espaciais digitais combinará modelação baseada em Física com mapeamento de objetos bem tempo real.

Segundo a tecnológica, a tecnologia dará à Força Espacial a oportunidade de simular uma variedade de cenários e de planear respostas adequadas aos mesmos: seja uma colisão entre satélites, ou aquilo que descreve como “atos nefastos” levados a cabo por outros países.

Com a guerra entre Rússia e Ucrânia, os Estados Unidos estão em alerta, assim como muitos outros países, mas, anos antes do conflito, o exército do país já tinha acusado a Rússia de testar tecnologia capaz de destruir satélites no Espaço.

Os “gémeos” espaciais digitais poderão também ser úteis no desenvolvimento de formas mais eficazes de transportar constelações de satélites para o Espaço, afirma a Slingshot Aerospace.

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A tecnologia está a ser desenvolvida graças a um contrato de financiamento 25,2 milhões de dólares, que permitirá também à Slingshot Aerospace a criação de uma plataforma de simulação que será utilizada mais tarde pela Força Espacial para educação e treino.

Recorde-se que a criação da Força Espacial foi anunciada por Donald Trump no final de 2019. Embora tenha sido recebida com várias críticas, o antigo presidente justificava-a com a necessidade de antecipar uma resposta mais abrangente a um conjunto de questões relacionadas com a exploração do espaço e a proteção dos Estados Unidos e dos seus satélites. Mais tarde, com a tomada de posse de Joe Biden, a Força Espacial foi uma das medidas aprovadas por Donald Trump que se manteve.