"Por cada euro investido, conseguimos captar quatro euros do setor privado", disse a comissária para a Inovação, Investigação, Cultura, Educação e Juventude, Iliana Ivanova, em conferência de imprensa, em Estrasburgo, França.

Em comunicado, o executivo comunitário dá conta de que a União Europeia "trabalhou para criar um mercado único mais integrado, eficiente e atrativo para a investigação e inovação".

"Mas é preciso fazer mais para alcançar a totalidade do potencial" existente nos 27 países da União Europeia, adianta a Comissão na avaliação que fez sobre a implementação da Área de Investigação Europeia (ERA, na sigla em inglês).

A Comissão Europeia quer priorizar os investimentos, "alinhar os esforços de investigação e inovação, apoiar reformas" através, por exemplo, da política de coesão e do Mecanismo de Recuperação e Resiliência.

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A União Europeia "ainda está longe de atingir o objetivo de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) investido em investigação e desenvolvimento" e o principal problema "continua a ser o investimento privado baixo, que é coartado por barreiras administrativas, regulatórias e legais que têm de ser resolvidas", reconheceu o executivo comunitário.

Apesar de um investimento de cerca de mil milhões de euros ao abrigo de projetos colaborativos do Horizon Europe, "ainda é preciso fazer mais para reduzir as burocracias e informar melhor os investigadores sobre as suas oportunidades".

A Comissão Europeia concluiu que é necessário "aprofundar a ERA", melhorando as condições de trabalho e o desenvolvimento das carreiras dos investigadores e "resolvendo as disparidades que persistem" em todos os países da União Europeia e "a acessibilidade a infraestruturas de investigação e tecnológicas europeias".