Satélite mostra pluma de fumo que resulta dos incêndios em Tenerife e segue em direção à Gran Canaria

Desde a terça-feira, dia 15 de agosto, que a ilha de Tenerife, no arquipélago das Canárias em Espanha, tem vindo a ser consumida por uma vaga de incêndios, espalhando-se já por 12 municípios. O combate ao fogo concentra-se agora na zona de Izaña, mas já terão ardido 11.612 hectares de área, num perímetro de 84 quilómetros, segundo as autoridades da Proteção Civil.

Os meios aéreos e terrestres estão agora concentrados em torno do Observatório de Izaña para proteger a infraestrutura e evitar que desça pelo pinhal e avance mais para a zona sul da ilha, salienta a Agência Efe.

As imagens de satélite, captadas nos primeiros dias do incêndio, mostram as plumas fumo na área nordeste da ilha, correspondendo a cerca de 2.600 hectares de terra queimada. A foto do satélite Copernicus Sentinel-3 da ESA revela a nuvem de fumo e cinzas a chegar quase à ilha vizinha Gran Canaria.

Veja na galeria imagens de satélite do incêndio em Tenerife:

Só nos primeiros dias, a Proteção Civil evacuou 3.800 pessoas das suas casas, nos municípios de El Rosario e La Orotava. Muitos habitantes foram avisados para ficar em casa. Nos números mais atualizados, 12.279 pessoas foram retiradas das localidades afetadas pelos incêndios.

Cerca de uma centena de habitantes da zona da Candelaria poderão hoje regressar a casa, depois de terem sido retirados devido ao incêndio florestal, de acordo com a responsável da Proteção Civil do Governo das Ilhas Canárias.

Portugal também continua a lutar contra os incêndios. Segundo dados do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), o país registou desde o início de 2023, 6.172 incêndios rurais, somando um total de 27.951 hectares de área ardida até 18 de agosto. Desse total, os incêndios rurais de Odemira e de Castelo Branco representam metade do total.

Pode ver na imagem do território português as áreas mais afetadas pelos incêndios. Segundo a ICNF, o incêndio que deflagrou em São Teotónio, em Odemira, foi o maior registado este ano em Portugal, sendo responsável por 7.530 hectares de área ardida. Em Sarzedas, Castelo Branco, o incêndio devorou um total de 6.553 hectares, somando um total de 14.803 hectares de área ardida nos dois municípios.