O submersível Titan, da empresa Ocean Gates Expeditions, desapareceu no Atlântico Norte no último domingo com cinco pessoas a bordo, quando descia para uma visita turística aos destroços do Titanic.

As operações para a tentativa de salvamento decorrem desde que o alerta do desaparecimento foi dado, entraram esta quinta-feira numa fase crítica, uma vez que a quantidade de oxigénio disponível estaria prestes a terminar, embora isso dependa diferentes variáveis.

Apesar de todos os esforços, até agora os resultados para encontrar o submersível foram poucos, e por uma série de motivos. É um facto que a superfície do oceano é explorada há dezenas de milhares de anos, mas apenas cerca de 20% do fundo do mar foi mapeado, de acordo com dados de 2022 da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica.

A profundidade a que Titan está também poderia “esconder”, facilmente, a Estátua da Liberdade, a Torre Eiffel ou até o Burj Khalifa, como mostra um vídeo animado.

Veja o vídeo

O vídeo em questão tem cerca de um ano e é da autoria do canal do YouTube MetaBallStudios, que coloca o mundo - real e ficcional - em perspetiva, nos seus trabalhos.

Quanto à dificuldade de encontrar o submersível, a par das temperaturas frias extremas, a cerca de 3.800 metros de profundidade, onde estará, as águas são escuras com quase nenhuma visibilidade. Além disso, o fundo do mar é muito mais acidentado do que a superfície.

Mergulhar nas profundezas do oceano também significa entrar num reino com níveis enormes de pressão quanto mais se desce, num empreendimento considerado de alto risco. No caso do submersível, a pressão da água será o equivalente ao peso de 35 elefantes. Também estamos a falar da zona de buscas ser uma vasta área de 20 mil quilómetros quadrados.