Para além dos telemóveis direcionados para o típico consumidor, a Samsung tem vindo a apostar no desenvolvimento de smartphones para usos militares. Apresentado pela primeira vez em maio, o Galaxy S20 Tactical Edition é uma versão especial do smartphone concebida para atender às exigentes necessidades de quem está no terreno de combate.

Embora o seu preço se mantenha um segredo, o smartphone está agora disponível para venda, mas apenas para as forças armadas norte-americanas e membros do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. De acordo com a Samsung, o Galaxy S20 Tactical Edition, cujo design se baseia no anterior modelo militar S9, afirma-se como “um salto gigante” em matéria de mobilidade tática.

Por fora, o smartphone apresenta um design robusto, preparado para o trabalho em condições hostis, e pode ser combinado com uma variedade de equipamentos táticos e plataformas de comunicação militar. Embora esteja concebido para ser utilizado em movimento, o Galaxy S20 Tactical Edition pode ser ligado a um monitor para permitir um melhor planeamento das missões.

Por baixo do “capot”, o dispositivo conta com especificações de hardware semelhantes ao modelo original, dispondo de um processador Snapdragon 865 (ao contrário do Exynos 990 octa core de 7 nm da versão europeia), 12 GB de RAM e 128 GB de armazenamento. A bateria de 4.000 mAh foi otimizada para uma maior autonomia.

Numa situação de perigo todos os minutos contam e, para facilitar o acesso ao smartphone, a Samsung incluiu um botão lateral que permite aceder rapidamente às aplicações utilizadas, mesmo quando o equipamento está a ser usado na horizontal. A sensibilidade do ecrã também se ajusta automaticamente para que o smartphone possa ser usado com luvas.

O equipamento suporta uma grande variedade de aplicações militares, desde o Android Tactical Assault Kit (ATAK) ao Battlefield Assisted Trauma Distributed Observation Kit (BATDOK). O Samsung DeX foi adaptado às utilizações militares, podendo ser usado para completar relatórios militares e planear missões numa variedade de cenários.

A segurança das operações é uma prioridade e o smartphone tem um sistema de encriptação especial de duas camadas, assim como suporte à plataforma de comunicações seguras Knox, assegurando que não existem fugas de dados. Em destaque está ainda uma plataforma de telemedicina que, ao ser combinada com o BATDOK, ajuda os médicos em terreno a monitorizar os sinais vitais dos pacientes e a planear estratégias para mantê-los seguros.