De acordo com novas estimativas da Canalys, o número de smartphones enviados para as lojas nos três primeiros meses de 2021 registou um crescimento de 27% face ao mesmo trimestre no ano passado, atingindo 347,4 milhões de unidades.

A consultora indica que a Samsung se afirma como a fabricante que mais equipamentos enviou para as lojas, assumindo o primeiro lugar da sua tabela com 76,5 milhões de unidades e “destronando” a Apple, que a tinha liderado no último trimestre de 2020 pela primeira vez desde 2016. A quota de mercado da fabricante sul-coreana situa-se na ordem dos 22%.

Já a Apple, que toma o segundo lugar do “pódio”, enviou 52,4 milhões de smartphones, registando uma diminuição na sua quota de mercado, que passou para os 15%. A Canalys avança que, apesar da fraca popularidade do iPhone 12 Mini, a forte procura pelos restantes modelos da linha, assim como pelo iPhone 11, ajudou a impulsionar os seus resultados neste trimestre.

A Xiaomi foi quem mais cresceu durante o período em análise. A Canalys detalha que a fabricante chinesa registou um crescimento de 62% e enviou 49 milhões de smartphones para as lojas, apresentando uma quota de mercado de 11%. Porém, os analistas indicam que “A corrida está longe de terminar” e que as conterrâneas “Oppo e Vivo seguem-na bem de perto”.

Por contraste, a Huawei, que vendeu a sua submarca Honor no fim do ano passado e que continua a sentir os efeitos das sanções comerciais impostas pelos Estados Unidos, enviou 18,9 milhões de smartphones para as lojas, situando-se agora no sétimo lugar do ranking.

LG anuncia oficialmente o encerramento da unidade de negócio de smartphones
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No início de abril, a LG anunciou oficialmente o encerramento do seu negócio de smartphones. Os analistas da Canalys indicam que a decisão poderá simbolizar uma oportunidade para marcas como a Motorola, TCL, Nokia e ZTE de se destacarem no mercado.

A consultora afirma que, embora a pandemia de COVID-19 continue a ter impacto no mercado de smartphones, o grande problema é agora a escassez de componentes essenciais. De acordo com Ben Stanton, analista da Canalys, a “crise dos chips” vai trazer prejuízos que se manifestarão numa diminuição do número de smartphones distribuídos ao longo dos próximos trimestres.