
A conetividade é um dos eixos da estratégia e visão da Qualcomm, e por isso a disponibilização dos primeiros equipamentos pré-comerciais 6G em 2028 é uma das novidades que Cristiano Amon, CEO e Presidente da empresa, trouxe ao Snapdragon Summit, que decorre em Maui, no Havai. Mais do que a velocidade e a largura de banda, é a ligação entre a cloud e o edge que fazem com que o 6G seja um dos elementos da visão de futuro, com Inteligência Artificial em todo o lado.
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A empresa de semicondutores esteve na liderança do desenvolvimento do 5G e dos modems e chipsets integrados nos equipamentos móveis, e não quer perder terreno no 6G, a próxima geração de redes móveis que ainda está a ser desenvolvida no âmbito do 3GPP, o consórcio da indústria móvel. "Devíamos pensar na diferença entre o 5G e o 6G para além do aumento das velocidades e largura de banda e a quantidade de dados. É também uma rede que é inteligente, com a percepção de dados que se torna muito importante se olharmos para o papel da Inteligência Artificial na periferia [edge]", defende Cristiano Amon.
Para o CEO da Qualcomm, vamos ter casos de utilização completamente novos, em que esta "rede de inteligência" faz a ligação do edge à cloud, "fundindo não apenas o mundo físico e digital mas criando novas experiências".
É nesta área que a Qualcomm está a trabalhar "há algum tempo" e vai acontecer mais cedo do que se possa pensar. "Estamos prontos para ter equipamentos pré comerciais já em 2028", afirmou durante a sua apresentação no Snapdragon Summit, antecipando uma visão de uma inteligência com mais capacidade de entender o mundo real e interagir com os utilizadores.
A importância do edge computing
Cristiano Amon dedicou uma fatia importante do seu Keynote de abertura do Snapdragon Summit a explicar a importância do Edge, já não só edge computing mas também edge device, a computação e os equipamentos na periferia da rede, com capacidade de processamento e de recolher dados de contexto, através da voz, da imagem e de texto. A computação está a mudar e já não passa só pelo silício e os sistemas operativos, porque com a cloud e a inteligência artificial é preciso mais capacidade de computação nos dispositivos, e uma arquitetura de memória diferente.
A Qualcomm tem trabalhado na plataforma de rede Dragonwing, potenciada pela IA, Wifi7 e 5G, mas agora dá o salto para o 6G para tirar mais partido da capacidade de rede.
"É no edge que vai estar essencialmente o futuro da IA", defende Cristiano Amon. "O nosso trabalho é, com o Snapdragon, criar este futuro [onde se funde o mundo digital e o real] e trazer esta Inteligância Artificial a todo o lado, de sensorização a processamento e aprendizagem para colocar o foco no poder da inteligência no edge e criar a próxima classe de experiências em dispositivos móveis".
A ideia é criar um "ecossistema do Eu" com agentes que estão no centro de todos os equipamentos e que permitem que tudo esteja interligado. E toda a informação que é gerada na periferia [Edge] é mais relevante para a experiência personalizada do que os modelos que estão centralizados na cloud e que foram treinados de forma generalizada.
Os próprios modelos de IA estão a tornar-se híbridos, captando dados e tendo a capacidade de ação imediata em resposta a um pedido, sem necessitarem da cloud.
"Estes assistentes não precisam que pare para pensar que aplicação vai usar", explica. Os agentes vão estar constantemente a receber informação do que o utilizador está a ver, a escrever ou a falar, e até a sentir, e vão agir de forma proativa para gerar alertas, ou realizar ações. E isso vai funcionar em múltiplos equipamentos, com o smartphone mas também com óculos inteligentes, os auriculares, smartwatches e anéis inteligentes, mas também os automóveis.
E a visão é de que o Snapdragon esteja no centro de tudo "a construir um futuro da tecnologia que realmente o entende", afirma Cristiano Amon. E que também estende naturalmente a capacidade e o poder da plataforma da Qualcomm a todas as áreas onde a Inteligência Artificial e os equipamentos deste ecossistema inteligente vão trabalhar.
Nota d Redação: O TEK Notícias viajou para o Snapdragon Summit a convite da Qualcomm
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