Dados avançados pela Canalys mostram que o mercado europeu de smartphones caiu 2% no primeiro trimestre de 2025, com 32,4 milhões de unidades a chegarem às lojas. Os analistas atribuem a queda a uma desaceleração na procura de smartphones de gama de entrada.

Por outro lado, a procura por equipamentos topo de gama continua a crescer na Europa, impulsionada pela Apple e Samsung, com a quota de mercado dos smartphones com preços acima dos 800 euros a alcançar a marca dos 32%.

Embora a gigante sul-coreana se tenha afirmado como a maior fabricante no mercado europeu, a empresa da maçã foi a grande vencedora do primeiro trimestre. O volume de iPhones enviados para as lojas cresceu 10%, para 8 milhões de unidades.

Clique nas imagens para ver com mais detalhe

Do lado da Samsung, o volume de smartphones enviados para as lojas cresceu para os 12,2 milhões de unidades. No segmento premium, a fabricante registou o volume trimestral mais alto de sempre, impulsionado pela forte recepção à linha Galaxy S25. O número de smartphones Galaxy S enviados para as lojas cresceu 12% em comparação com o trimestre anterior.

Ainda no “pódio”, a Xiaomi tentou mostrar resiliência perante a fraca procura nos segmentos em que se costuma destacar, mas acabou por registar uma queda de 2% no volume de smartphones enviados para as lojas, para 5,3 milhões de unidades.

Além da Motorola, a Google entra pela primeira vez no ranking de maiores fabricantes de smartphones no mercado europeu. No caso da primeira fabricante, o número de equipamentos enviados para as lojas rondou 1,7 milhões de unidades e, no caso da segunda, 0,9 milhões.

O início de 2025 foi particularmente complicado para muitas fabricantes, sobretudo para aquelas que estão dependentes das vendas de modelos com preços abaixo dos 400 euros, explica o analista Runar Bjørhovde. Depois de uma ligeira melhoria no ano passado, muitas fabricantes sobrestimaram a procura por parte dos consumidores, o que resultou em excessos de stock.

Durante o primeiro trimestre, o volume de equipamentos com preços abaixo dos 200 euros a chegarem às lojas atingiu o nível mais baixo dos últimos 10 anos. Segundo os analistas, a Xiaomi e a Motorola foram as fabricantes mais afetadas, embora o panorama tenha sido ainda mais complicado para outras marcas fora do Top 5.