A fabricante chinesa OPPO revelou hoje a sua nova tecnologia USC (Under-Screen Camera) que será aplicada aos seus smartphones de próxima geração. A introdução de câmaras selfie escondidas debaixo do ecrã tem sido a nova tendência de equipamentos, como por exemplo a Xiaomi que vai apresentar o seu novo Mi Mix 4 na próxima semana.

A OPPO diz que aliou o melhor da inovação no hardware aos seus algoritmos de IA patenteados para “esconder” discretamente a câmara frontal debaixo do display, mantendo “a integridade e a consistência de todo o ecrã, tanto durante a utilização como quando está inativo”, refere a marca. Diz ainda que a sua solução resolve muitos dos desafios técnicos e de produção que têm surgido em torno da tecnologia desde o início do desenvolvimento.

Entre os problemas anteriormente registados contam-se a inconsistência da qualidade na área da câmara escondida; fraca qualidade de imagem causada pela obstrução da câmara pelo ecrã; além dos problemas de fiabilidade e vida útil do equipamento. Assim, a OPPO explica que a sua nova solução alcança a inovação ao nível de design e nos algoritmos de IA do ecrã.

Veja alguns exemplos dados pela OPPO da consistência na qualidade de imagem em ecrãs com câmara escondida:

O seu sistema reduz o tamanho de cada pixel sem diminuir a sua quantidade, garantindo que mesmo na área com a câmara seja oferecido uma qualidade de 400 PPI. A nova cablagem é composta por material transparente, e a sua largura foi reduzida em 50%. A fabricante diz ainda que houve um controlo melhorado da precisão, cor e brilho do ecrã. Por norma, os equipamentos utilizam um contraste de um pixel impulsionar 2 pixéis (1 para 2). Na sua nova solução, cada circuito de pixel impulsiona apenas um outro pixel (1 para 1). Desta forma, a OPPO diz que através da compensação de algoritmos, consegue um controlo preciso da cromaticidade e brilho do ecrã, com um desvio de cerca de 2%.

É ainda referido que a tecnologia de câmara em baixo do ecrã permite uma melhor experiência ao nível de leitura de e-books, consulta de notícias ou uso de mapas, com a apresentação correta dos tamanhos de letra mais pequenos, assim como representação mais fiel de cores e texturas. A marca garante também que a sua tecnologia melhora a vida útil do equipamento em 50%.

A compensação feita por algoritmos inteligentes

O Instituto de Investigação da OPPO nos Estados Unidos desenvolveu uma série de algoritmos de imagem de IA para a câmara. Estes incluem a redução de difração, HDR e AWB, que a marca diz ter como objetivo diminuir alguns dos efeitos negativos secundários associados às câmaras escondidas debaixo do ecrã, entre elas imagens desfocadas e reflexos.

O seu modelo foi treinado para reduzir a difração da IA, utilizando dezenas de milhares de imagens para controlar os problemas causados pela difração na fonte da luz, resultando em imagens com aspeto mais natural e nítidas.

A nova tecnologia é assim o culminar de três gerações de soluções de câmara escondida lançadas pela OPPO, desde 2018, envolvendo mais de 200 patentes. O novo sistema será aplicado em futuros equipamentos, mas a fabricante confirma que vai continuar a investigar a tecnologia para a melhorar e otimizar.