Os dois novos modelos da linha Mate, o Mate 30 e Mate 30 Pro, só deverá estar à venda mais no final do ano, mas a data não foi mencionada na apresentação de Richard Yu, o que já era esperado devido ao bloqueio comercial que a empresa enfrenta nos Estados Unidos. O SAPO TEK sabe que até ao fim do ano os smartphones chegam a 11 países, 10 na Europa e mais à Austrália.

As especificações são impressionantes, com um sistema de câmaras mais avançado, com quatro câmaras integrada, inclui a SuperSensing Cine Camera,dedicada ao vídeo e SuperCharge, mas o mais esperado era o sistema operativo e a forma como a empresa iria contornar o impedimento de utilização de serviços Google.

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Richard Yu fez a apresentação habitual das muitas funcionalidades, do design e da performance, e introduziu também as novidades do EMUI10, baseado no Android 10 Open source, com um display always on, um dark mode mais alargado e novos sensores de gestos.

Quanto aos preços do Mate 30, começa nos 799 euros, para a versão de 8 GB e 128 GB passando para  1.099 euros na versão Mate 30 Pro e 1.199 euros na versão 5G. O Porsch Edition vai custar 2.095 euros.

E o sistema operativo dos Mate 30 e Mate 30 Pro?

A grande questão que não foi respondida de forma clara na apresentação é como a empresa vai fazer com os serviços Google Mobile Services, que não podem ser utilizados por causa do bloqueio comercial à Huawei que impede as empresas norte americanas de fornecer produtos e serviços à tecnológica chinesa.

O responsável pela área de consumo da Huawei falou bastante dos Huawei Mobile Services, e do investimento que tem sido feito no ecossistema, que ultrapassa os mil milhões de euros, mas nunca disse claramente que essa é a opção da empresa para substituir os Google Mobile Services.

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Já depois do fim da apresentação, fonte da Huwaei explicou ao SAPO TEK que está instalada nos smartphones a versão Open Source do Android 10, com o EMUI 10, mas não os serviços e a loja Google Play, nem as apps Google.

Os consumidores vão ter acesso ao Huawei Mobile Services, com "milhares de aplicações" e as principais apps, do Facebook, Twitter e WhatsApp, por exemplo, mas não há aplicações da Google, como o Gmail e os mapas, ou o Photos. Essas aplicações podem ser instaladas à posteriori através de APKs ou acedidas via browser.