Em plena guerra comercial, e com a Huawei sobre fogo cerrado da administração americana, a fabricante tomou algumas medidas drásticas em preparação dos piores cenários. Segundo a publicação chinesa South China Morning Post, a Huawei produziu o seu próprio sistema operativo de substituição do Android, para os seus smartphones, portáteis e equipamentos dependentes do SO da Google. No entanto, apenas o irá utilizar em circunstâncias extremas, caso venha a acontecer um cenário semelhante ao da ZTE, que foi proibida de utilizar produtos e serviços americanos nas suas soluções.

De recordar que ainda recentemente a Huawei decidiu avançar com um processo onde defende que uma lei que limita os seus negócios nos EUA é inconstitucional, reforçando a sua luta contra um governo que defende que quer acabar com os mercados globais e que não tem nenhuma prova concreta contra a empresa, nomeadamente de criação de backdoors para acesso á informação.

Segundo a publicação chinesa, a Huawei terá começado a planear o sistema operativo em 2012, quando o governo americano investigou a empresa e a ZTE. “Já preparámos o nosso próprio sistema operativo, para o caso de não conseguirmos utilizar o Android, para estarmos preparados e termos um plano B”, terá referido Richard Yu, CEO da Huawei em entrevista. No entanto, trata-se mesmo de um plano de segurança, porque a empresa não tem planos e interesse em introduzir nos seus equipamentos o sistema operativo.

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Atualmente o mercado dos telemóveis resume-se aos sistemas operativos Android da Google e iOS da Apple, somando uma quota de mercado global de 99,9%. Todas as alternativas que têm surgido têm acabado por se revelarem marginais, ou por desaparecerem particamente do mercado, como aconteceu com o Windows Mobile.

O Sailfish OS da Jolla, herdeiro do MeeGo da Nokia, o webOS que a LG comprou à HP e o Bada da Samsung, assim como o sistema operativo BlackBerry são alguns dos exemplos.

Nota da Redação: a notícia foi atualizada com mais informação