Uma “ajudinha” extra: não será este o principal elemento que caracteriza uma bicicleta elétrica? Instalar um sistema e/ou um motor elétrico neste tipo de veículo de duas rodas acaba inevitavelmente por servir esse propósito, que é auxiliar o utilizador quando a energia da pedalada está a começar a escassear, quando é necessário transpor obstáculos ou até quando o desejo passa por atingir velocidades acima do normal em cima de uma bicicleta.

Finalidades à parte, é certo que as vantagens das bicicletas elétricas estão, de certa forma, a conquistar o dia a dia dos portugueses, seja através de programas de uso partilhado como o projeto Gira de Lisboa, por exemplo, seja mesmo através da compra direta, isto em vários segmentos deste mercado.

Mas não pense que estes sistemas têm o condão de transformar bicicletas em verdadeiras motos. Normalmente, tirando algumas exceções e modelos mais “vanguardistas” e originais, este tipo de bicicletas tem como base motores elétricos que servem para dar assistência à pedalada e à ação física do utilizador. Ou seja, durante a maior parte do tempo estará efetivamente a pedalar, sendo que, dependendo de cada sistema, o esforço que é preciso aplicar pode ser reduzido pela energia vinda do motor.

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Além disso, as velocidades de circulação estão pensadas para serem reduzidas, na maior parte das vezes dispensando até um sistema de controlo e/ou acelerador, por exemplo. No caso das elétricas de BTT, no entanto, existe quase sempre um elemento de controlo que permite ativar modos Turbo ou equivalente. E também os respetivos ecrãs LCD para acompanhar o funcionamento do sistema, algo que quase todos os modelos acabam por integrar.

Este elemento está, aliás, entre o lote de pequenos apontamentos de tecnologia que as bicicletas elétricas incluem quase sempre, desde iluminação LED até a possibilidade de emparelhamento com apps móveis para diversos fins, passando também por Wi-Fi, Bluetooth e sistemas que com as pedaladas e travagens permitem recarregar a bateria, eventualmente.

Por falar nisso, seria inevitável uma bicicleta incluir uma bateria recarregável. Os tempos de carga via tomadas elétricas domésticas ainda é algo longo, demorando em média três a quatro horas, possivelmente, e as autonomias dependem um pouco do peso e volume da bateria, sinal de que apresentam capacidades mais elevadas. Neste campo, normal é também que uma bicicleta elétrica seja ligeiramente mais pesada a volumosa quando comparada com as suas congéneres sem “ajuda” elétrica.

Importante será dizer que as e-bikes, apesar de serem praticamente todas baseadas no processo de assistência à pedalada, requerem o uso de capacete e o respeito pelo Código da Estrada, como seria de esperar. Existindo diferentes classes de bicicleta elétrica, consoante a velocidade que conseguem atingir, é de esperar que cada utilizador possua toda a informação necessária antes de proceder à compra/uso.

São equiparadas a bicicletas convencionais no que diz respeito a regras de circulação, desde que oficialmente não permitam ultrapassar os 45 km/hora, de uma forma geral. E categoria menos potente de modelos do género é a que tem como limite os 25 km/hora. A Associação Portuguesa do Veículo Elétrico é uma fonte fidedigna para obter informação adicional.

Para vários tipos de utilização

De um modo geral, uma bicicleta serve para nos levar de um ponto para outro. Mas, tal como acontece com os modelos que não são assistidos por motores e sistemas elétricos, existem depois vários tipos de bicicleta elétrica, designados em função do uso concreto que delas fazemos.

Muito divulgadas recentemente, as bicicletas urbanas do tipo dobrável são um exemplo disso mesmo. De igual forma, há também os modelos que são usados para o mesmo propósito, mas cujo design não permite dobrar ou tornar a bicicleta mais pequena e “transportável” quando não estamos em cima dela.

Numa vertente mais desportiva, é preciso relembrar que tanto no segmento do ciclismo de estrada como entre as bicicletas de montanha existem várias marcas que não dispensam a criação de modelos com motor elétrico, e nos vários patamares das gamas.

Tal como existem depois as bicicletas elétricas que são apenas isso: bicicletas. Servem para “darmos uma volta” de vez em quando e, em grande parte dos casos, para servirem de objeto de ostentação, até, dada a quantidade de tecnologias de ponta incluídas ou utilizadas no processo de fabrico. E também a qualidade das matérias primas empregues.

Estas são, normalmente, as mais dispendiosas caso estejamos decididos a ter um modelo do género em casa. Aliás, todas as bicicletas da galeria são bastante caras, pois, como o próprio título comprova, a finalidade deste artigo é precisamente essa: encontrar alguns dos modelos mais originais e diferentes pelo nível de sofisticação atingido.

Uma certeza: são todas belos exemplares de veículos de duas rodas. E ainda outro dado, talvez até mais importante: todos quantos experimentam pela primeira vez confessam que as bicicletas são incrivelmente divertidas, melhorando a experiência em torno de um conceito de veículo que existe há centos de anos. Só experimentando.