Os edifícios são atualmente responsáveis por quase um terço das emissões mundiais de gases com efeito de estufa ligadas à energia e por uma percentagem muito superior das emissões urbanas.

Embora as novas construções sejam importantes nas economias emergentes com um rápido crescimento da área construída, nos países da OCDE, onde a taxa de novas construções é baixa, a solução passa necessariamente pelas renovações destinadas a melhorar a eficiência energética do parque imobiliário existente.

Os edifícios eficientes do ponto de vista energético geram uma série de benefícios conexos, como a criação de emprego, a melhoria da saúde e a redução da fatura energética dos agregados familiares - todos eles fatores essenciais para uma recuperação ecológica pós-COVID-19.

É neste sentido que está a decorrer um inquérito para a recolha de dados e informação sobre as principais tendências e políticas de eficiência energética nos edifícios, lançado pela OCDE, em colaboração com o Comité das Regiões Europeu.

O inquérito online é dirigido aos municípios e regiões, que ocupam uma posição privilegiada para promover a descarbonização do parque imobiliário, explica a OCDE, uma vez que, por um lado, são proprietários de uma série de edifícios públicos e, por outro, podem induzir a mudança através de instrumentos políticos específicos, nomeadamente tirando partido dos contratos públicos no domínio da construção, servindo-se das licenças de construção e do ordenamento do território, promovendo a participação dos cidadãos e ações inovadoras a nível local e tendo em conta os aspetos locais na elaboração das políticas.

tek Energy-efficient buildings
Energy-efficient buildings OECD

As respostas ao inquérito vão contribuir para a elaboração de um compêndio internacional destinado a informar os decisores políticos de todos os níveis de governo, os peritos e os profissionais, no âmbito dos seus esforços para tirar partido do potencial da eficiência energética dos edifícios.