A fase principal do leilão do 5G entrou hoje no seu 180º dia, marcado pela entrada em vigor das novas regras que impedem incrementos de 1% e 3%, determinando que as operadoras licitem com aumentos mínimos de 5%.

Através dos mais recentes dados disponibilizados pela Anacom é possível verificar que a alteração parece estar a surtir efeito, com as licitações a alcançarem os 375,499 milhões de euros, numa subida de 4,044 milhões de euros em relação ao dia anterior.

As mudanças surgem novamente na categoria J da faixa dos 3,6 Ghz, onde hoje se registam subidas de 5% no que toca a 12 lotes.

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Em relação ao preço de reserva, os mesmos 12 dos lotes desta categoria contam já com valorizações superiores a 470%, destacando-se o lote J16, cuja valorização se encontra agora nos 476%. A totalidade do leilão, que inclui a fase reservada a novos entrantes resulta agora num encaixe potencial de 459,85 milhões de euros.

A implementação de novas regras no leilão do 5G não foi bem recebida pelos operadores e, depois da Altice Portugal, também a Vodafone interpôs uma providência cautelar para travá-las.

Leilão 5G: Vodafone Portugal considera que mudanças no regulamento são ilegais e interpõe providência cautelar
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"A mudança de regras recentemente aprovada pela Anacom [Autoridade Nacional de Comunicações] de eliminar a utilização de incrementos de 1% e 3% é ostensivamente ilegal e redunda numa violação dos princípios que são traves-mestras dos procedimentos de seleção concorrencial, pois terá impacto na execução do leilão e, consequentemente, terá repercussões no resultado final", adiantou fonte oficial da Vodafone Portugal à Lusa.

"Não restando qualquer alternativa senão recorrer a quem compete velar pelo respeito da lei, a Vodafone apresentou uma providência cautelar para determinar a suspensão da eficácia desta modificação, estando neste momento a aguardar a decisão do tribunal", acrescentou a mesma fonte.

Nota de Redação: A notícia foi atualizada com mais informação. (Última atualização: 20h00)