Nas 12 rondas do 163º dia da fase principal do leilão do 5G as licitações atingiram 358,852 milhões de euros, numa subida de 759 mil euros face ao dia anterior. A soma de ambas as fases do leilão, incluindo a fase reservada a novos entrantes, resulta agora num encaixe potencial de 443,203 milhões de euros.

De acordo com os mais recentes dados da Anacom, o interesse dos operadores voltou a estar centrado na categoria J da faixa dos 3,6 GHz. Aqui registam-se subidas de 1% em relação às propostas de 10 lotes, assim como apenas uma de 2%.

Em relação preço de reserva, todos os lotes da categoria J da faixa dos 3,6 GHz contam já com uma valorização superior a 410%, destacando-se o lote J11, que apresenta uma valorização de 420%.

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As mais recentes alterações às regras do leilão 5G, concebidas pela Anacom para acelerar a conclusão do processo, não foram bem-recebidas pela Altice Portugal, que voltou a expor o caso em Bruxelas.

A empresa indica que em novembro do ano passado já tinha alertado a Comissão Europeia para o facto de o regulamento "favorecer indevidamente a entrada de novos operadores, falseando as condições de investimento e de concorrência num mercado que, apesar de pequeno, está sujeito a concorrência ativa".

Alterações às regras do leilão 5G: Altice Portugal expõe mudanças impostas pela Anacom à Comissão Europeia
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A operadora lembra também o pedido que fez, em abril, junto da DG Connect (Direção-Geral das Redes de Comunicação, Conteúdos e Tecnologias) para que fosse dada atenção a este assunto, informando que a Anacom "decidira estabelecer novas regras para o concurso com o alegado objetivo de acelerar o ritmo do leilão".

A dona da MEO garantiu que "tem transmitido à Anacom, às autoridades competentes e ao Governo português o seu desacordo face às sucessivas alterações ocorridas nas regras do leilão, que geram incertezas contraproducentes e comprometem a estratégia definida por cada operador". Além disso, realça que "não há motivo de celeridade que justifique as consequências de valorização desproporcionada do encaixe público inerente a incrementos de 10%, 15% ou 20%".