No final de setembro deste ano, usavam serviços de banda larga fixa 3,6 milhões de clientes em Portugal, mais 4,8% do que no ano anterior. A taxa de adesão das famílias a estes serviços era de 87,5%, sendo que nove em cada 10 novos clientes residenciais de redes de alta velocidade têm um serviço suportado em redes de fibra ótica.

Os dados compilados pela Anacom mostram a propósito, que no final do primeiro semestre deste ano 89,7% dos acessos de banda larga fixa em Portugal eram ultrarrápidos. Ou seja, suportavam-se em serviços com velocidades de download superiores ou iguais a 100 Mbps.

Com ligações entre os 100 e os 400 Mbps estavam 44,1% dos serviços contratados, com ligações entre os 400 Mbps e 1 Gbps 36,5% das contas de banda larga fixa e com velocidade iguais ou superiores a 1 Gbps, 9,1% dos clientes. Nestes intervalos, os dados mostram que os serviços com débitos mais baixos (entre 100 e 400 Mbps) estão a perder clientes para os serviços com velocidades mais generosas.

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A Anacom não refere, mas isso deve acontecer até por efeito das atualizações de velocidades nos pacotes dos clientes, como incentivo para a refidelização, por exemplo. Assim, o número de clientes com banda larga fixa entre os 100 Mbps e os 400 Mbps caiu 7,1 pontos percentuais no período e os clientes com ofertas entre os 400 Mbps e 1Gbps aumentaram 5,5 pontos percentuais no mesmo período. Também aumentou o número de clientes que desfrutam de larguras de banda acima de 1 Gbps (em 3,9 pontos percentuais).

Por região, é na Área Metropolitana de Lisboa (99,3%), na Região Autónoma dos Açores (97,4%), Região Autónoma da Madeira (95%) e Algarve (94,7%) que este tipo de ofertas tem uma penetração mais elevada e acima da média nacional. Os dados mais recentes da Anacom destacam ainda que a taxa de penetração no Algarve foi a que mais cresceu no período em análise, passando para 94,7%. Há um ano era de 86,6%.

No final do terceiro trimestre estima-se que existissem, pelo menos, 6,1 milhões de alojamentos, ou 94,3% do total, cablados com redes de alto débito, mais 1,1% do que há um ano, sendo que 70% desses alojamentos cablados estão de facto a ser servidos. Esta capilaridade é maior nas regiões onde os serviços de banda larga ultrarrápida também são mais usados: Lisboa, Madeira e Açores.

Destaca-se também um “aumento do número de alojamentos cablados verificado no Centro (3%) e no Algarve (1,4%)”, refere a Anacom, frisando que este crescimento permitiu aproximar as regiões da média nacional em termos de cobertura de redes de alta velocidade.

A fibra ótica (FTTH – Fiber to the Home) é cada vez mais a tecnologia dominante, e está em cerca de 6 milhões dos acessos (92,5% do total). O cabo manteve-se estável, com 3,7 milhões de acessos. Estima-se ainda que a proporção de alojamentos e estabelecimentos cablados com FTTH, efetivamente utilizados, atingia no final de setembro 50,5%.