A Bloomberg publicou um novo relatório esta semana, onde estima que a geração de eletricidade esteja 50% assegurada por fontes renováveis até 2050. A tendência é de crescimento e contrasta com o carvão, que deverá ser responsável por apenas 11% da eletricidade gerada nesse mesmo ano em todo o mundo.

O documento explica que uma queda nos preços das baterias e nos sistemas fotovoltaico e eólicos vão provocar uma alteração dramática nos fluxos de investimento. "Já custa menos construir centrais fotovoltaicas e parques eólicos do que abrir minas de carvão, ou de gás natural, de larga escala", pode ler-se no relatório. Com tendência para que esta diferença de valores se acentue, a Bloomberg calcula que mais de 500 mil milhões de dólares sejam investidos na compra de baterias de armazenamento até 2050. Um terço deste valor estará relacionado com o consumo privado, ao nível residencial, ao passo que dois terços serão para a instalação de redes públicas de distribuição elétrica.

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Os carros elétricos são outra das tecnologias que deverão beneficiar com esta transição no panorama energético. A agência calcula que o consumo de eletricidade aumente cerca de 3.461 TWh com a popularidade destes veículos, no espaço de 32 anos.

O Bloomberg New Energy Outlook compila e cruza estudos realizados por 65 especialistas provenientes de vários países e conclui ainda que as emissões de gases de efeito estufa vão atingir o pico em 2027. Depois disso, os índices deverão cair cerca de 2% por ano.

O documento indica que esta redução acontecerá, em grande parte, devido ao encerramento da maioria das minas de carvão na Índia e na China, mas nada disto será suficiente para manter o aquecimento global dentro da meta estabelecida com o Acordo de Paris (abaixo dos 2ºC). Para manter os níveis em linha com o tratado, a indústria teria de criar uma tecnologia capaz de substituir o gás no sector energético, uma vez que o consumo desta matéria deverá aumentar ligeiramente ao longo dos próximos anos.