A previsão é da IDC, que em 2024 calcula que 80% dos compradores de tecnologias de informação, quatro em cada cinco, vão escolher os seus fornecedores de serviços na cloud “com base na sua habilidade para demonstrar como podem contribuir para a diminuição das emissões indiretas de carbono dos seus clientes”.

As conclusão fazem parte de um estudo realizado pela consultora e destacam-se nas previsões de setembro da IDC, que deteta um interesse crescente das empresas em encontrar fornecedores de tecnologia que possam apoiá-los numa jornada de transformação sustentável.

A capacidade de obter benefícios financeiros na sequência de um investimento em tecnologia, como poupanças e eficiências, já não é o critério determinante para uma compra. As decisões passaram a considerar também, e de forma prioritária, a capacidade do parceiro para impactar positivamente a abordagem da empresa a temas de responsabilidade social, corporativa e governança ambiental.

Vale a pena sublinhar que a cloud, por si só, tem um papel determinante numa futuro menos poluente para as empresas, já que a “grande maioria das emissões de carbono ocorre fora das suas operações centrais, incluindo aquelas relacionadas com a infraestrutura em nuvem de terceiros”, como sublinha a IDC.

Isso é uma via para controlar as “chamadas quotas de emissões de âmbito 3”, que são hoje um desafio para muitas organizações, tanto nos relatórios que têm de apresentar como nas próprias operações.

As parcerias com fornecedores de serviços na nuvem aliviam este peso e como tal são cada vez mais avaliadas pelo contributo que podem dar para as metas de sustentabilidade das organizações.

“As decisões de parceria com um fornecedor de serviços em nuvem estão agora a ser
cuidadosamente ponderadas”, frisa a IDC.

Isso verifica-se já tanto no que toca à capacidade de demonstrar o uso de fontes de energia renováveis; capacidade para fornecer dados ambientais quantificados; e métricas sólidas que possam ser usadas pelos clientes para relatórios e planeamento.

Neste contexto, as consultoras têm sido parceiros de excelência das empresas, com um papel importante na definição de metas e estratégias de sustentabilidade, mas a IDC verifica que as empresas de software e infraestrutura de TI começam a ser também cada vez mais reconhecidas, como parceiros essenciais neste contexto.